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Lado Rural

Variações climáticas estressam vacas leiteiras e causam aumento de mastite

Variações bruscas de temperatura e condições climáticas extremas afetam a imunidade dos animais

Por José Roberto dos Santos | 23/10/2024 14:05
Vacas-leiteiras da raça girolando em lactação; medidas preventivas garantem saúde do rebanho. (Foto: Divulgação/Pearson Saúde Animal)
Vacas-leiteiras da raça girolando em lactação; medidas preventivas garantem saúde do rebanho. (Foto: Divulgação/Pearson Saúde Animal)

O estresse provocado pelas intensas variações climáticas representa uma temível ameaça para a saúde dos rebanhos, inclusive em relação ao surgimento da mais importante doença da pecuária leiteira, a mastite – inflamação da glândula mamária que afeta diretamente a produção de leite. "Mudanças bruscas de temperatura, ondas de calor ou altos índices de umidade. Todas essas oscilações bruscas compõem o ambiente ideal para o desenvolvimento da mastite e de várias outras enfermidades. Isso ocorre porque tais desarranjos climáticos afetam a imunidade das vacas", explica o médico veterinário Thales Vechiato, gerente de produtos para grandes animais de indústria do setor.

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O estresse causado por variações climáticas extremas representa uma grave ameaça à saúde dos rebanhos de vacas leiteiras, especialmente em relação à mastite, uma inflamação da glândula mamária que compromete a produção de leite. Mudanças bruscas de temperatura e alta umidade afetam a imunidade dos animais, levando a um aumento no risco de infecções. O veterinário Thales Vechiato destaca que o estresse térmico altera o comportamento das vacas, reduzindo a ingestão de alimentos e aumentando o consumo de água, o que prejudica seu metabolismo e resposta imune. Para mitigar esses efeitos, recomenda-se melhorar a ventilação das instalações, garantir acesso a água limpa e monitorar a saúde do rebanho com soluções eficazes.

"O estresse térmico compromete o sistema imunológico dos animais, o que abre espaço para o surgimento de infecções, como a mastite", explica o veterinário. Em períodos de calor, as vacas mudam de comportamento, reduzem a ingestão de alimentos e aumentam o consumo de água, afetando diretamente o metabolismo e a capacidade de resposta imune.

Com o aumento da umidade, principalmente em regiões chuvosas, as condições nas instalações dos animais pioram, favorecendo a proliferação de microrganismos.

"A umidade constante nas instalações é outro ponto de atenção, pois facilita o surgimento de patógenos que infectam o úbere e comprometem a produção de leite". Além disso, as variações rápidas de temperatura, conhecidas como 'estresse térmico de transição', afetam o metabolismo das vacas, prejudicando a produção de leite e aumentando o risco de infecções.

Para reduzir os impactos do estresse climático, Thales Vechiato recomenda a adoção de medidas preventivas, como: melhorar a ventilação das instalações, garantir o acesso constante dos animais a água limpa e fresca e monitorar de perto a saúde do rebanho, utilizando soluções de eficácia comprovada.

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