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Meio Ambiente

Campo Grande recebe especialistas de 15 países para simpósio de antas

É a segunda vez que o evento ocorre no Brasil; pesquisadores vão fazer intercâmbio de estudo sobre 4 espécies

Por Gabriela Couto | 03/07/2024 10:28
Pesquisadora Patrícia Medici ao fundo, fazendo o registro da soltura de um indivíduo da espécie anta brasileira (Foto: Incab/IPÊ)
Pesquisadora Patrícia Medici ao fundo, fazendo o registro da soltura de um indivíduo da espécie anta brasileira (Foto: Incab/IPÊ)

Campo Grande será a casa dos pesquisadores de antas do mundo inteiro a partir deste domingo (7). A cidade recebe o 8º Simpósio Internacional de Antas, até o dia 12 julho. Os especialistas de 15 países vão se reunir para trocar informações no Novotel. Esta é a segunda vez que o Brasil sedia o encontro.  

O objetivo é discutir pesquisa e conservação das quatro espécies de antas no mundo. Destas, uma está listada como vulnerável à extinção e três como ameaçadas, segundo a Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza.

A expectativa é que cerca de 100 estudiosos do TSG – Tapir Specialist Group (Grupo Especialistas de Antas) da SSC – Species Survival Commission (Comissão de Sobrevivência de Espécies) da IUCN (International Union for the Conservation of Nature - União Internacional para a Conservação da Natureza) e o IPÊ (Instituto de Pesquisas Ecológicas) participem do evento.

Pesquisadores de vários países reunidos para debater conservação das quatro espécies, em edição anterior do simpósio (Foto: Assessoria de imprensa) 
Pesquisadores de vários países reunidos para debater conservação das quatro espécies, em edição anterior do simpósio (Foto: Assessoria de imprensa)

Dentre os temas que serão tratados estão saúde das antas, ecologia espacial, genética, mudanças climáticas, conflitos com humanos e o papel da comunicação na conservação das espécies.

Haverá também a divulgação de dados e resultados em prol da conservação da anta centro-americana, anta da montanha e anta asiática, as três listadas como ameaçadas de extinção pela Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza, além da anta brasileira, listada como vulnerável à extinção.

Para a coordenadora do Incab (Iniciativa Nacional para a Conservação da Anta Brasileira) projeto do IPÊ, e presidente do TSG desde 2000, Patrícia Medici, o simpósio é um momento de suma importância para o fortalecimento da rede de profissionais trabalhando com a pesquisa e conservação das quatro espécies de antas ao redor do mundo.

Pesquisadores do Incab fazendo catalogando dados durante captura de anta (Foto: Assessoria de imprensa) 
Pesquisadores do Incab fazendo catalogando dados durante captura de anta (Foto: Assessoria de imprensa)

“O simpósio é um evento chave para a troca de dados, informações e resultados, além de gerar oportunidades para o estabelecimento de parcerias para a pesquisa e implementação de ações de conservação".

O pesquisador do IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) e participante do Simpósio, André Felipe de Andrade destaca a relevância do evento. "A conferência vai nos possibilitar uma visão ampla e de diferentes pontos de vistas dos problemas que as antas enfrentam e acho que essa é melhor forma de trabalhar a conservação – juntar pessoas com cabeças e olhares diferentes para olhar para o mesmo problema, assim conseguimos trabalhar de uma forma mais completa e conectada". Confira a programação abaixo.


Metas - O TSG é uma rede científica voluntária fundada, em 1980, como um dos mais de 180 Grupos Especialistas da Comissão de Sobrevivência de Espécies da União Internacional para a Conservação da Natureza.

Edição anterior do evento, onde vários pesquisadores trocaram experiência (Foto: Assessoria de imprensa)
Edição anterior do evento, onde vários pesquisadores trocaram experiência (Foto: Assessoria de imprensa)

A meta primária do TSG é conservar a diversidade biológica através do estímulo, desenvolvimento e implementação de programas práticos para pesquisar, salvar, recuperar e manejar as quatro espécies de anta e seus habitats remanescentes nas Américas do Sul e Central e Sudeste Asiático.

Os membros do Grupo Especialista de Antas estão envolvidos em uma série de projetos diferentes que visam conhecer melhor as quatro espécies de anta e proteger suas populações remanescentes.

Membros do TSG desenvolvem projetos de pesquisa (tanto em populações selvagens quanto em cativeiro), conduzem programas educacionais em comunidades locais do entorno dos habitats de antas, e apoiam esforços para a proteção desses habitats.

Atualmente, o TSG possui aproximadamente 100 membros em 25 países ao redor do mundo, incluindo pesquisadores de campo, educadores ambientais, veterinários, agências governamentais, ONGs, profissionais de zoológicos, professores e estudantes de universidades, que estão direta ou indiretamente envolvidos tanto em pesquisas de campo quanto em reprodução em cativeiro em suas respectivas regiões.

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