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Meio Ambiente

Capela intacta em meio às cinzas em MS comove bombeiros do RS na despedida

Durante incursão no topo do Morro do Padre, a equipe encontrou o local intacto

Por Aline dos Santos | 03/11/2024 09:56


RESUMO

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Em 2024, o Pantanal enfrentou a pior temporada de incêndios, mas uma capela intacta encontrada por bombeiros do Rio Grande do Sul em meio às cinzas trouxe esperança e comoção. A chuva ajudou a controlar os incêndios, mas investigações da Polícia Federal revelaram que muitos foram criminosos, relacionados a grilagem de terras e abertura de pastos. As operações da PF, que investigaram fazendeiros de Corumbá, mostraram que cerca de 30 mil hectares foram queimados intencionalmente, resultando em grande destruição ambiental e sofrimento animal, enquanto a fumaça afetou a saúde da população local.

Uma capela intacta em meio às cinzas comoveu bombeiros do Rio Grande do Sul, Estado que sofreu com as águas, registrando no começo do ano a maior catástrofe natural de sua história.

A chuva chegou a MS, ajudando a debelar o fogo. Mas, antes de as equipes de bombeiros deixarem o terreno do combate a incêndios, em Rio Verde do Mato Grosso, eles realizaram checagem minuciosa para garantir que não restassem focos remanescentes.

Durante incursão no topo de uma montanha, o Morro do Padre, a equipe encontrou a capela intacta, numa área visivelmente cercada por incêndios. A situação trouxe comoção, diante dos árduos dias de combate ao fogo e a fé de que dias melhores virão. As imagens foram gravadas em 10 de outubro.

Fogo criminoso – Duas operações da PF (Polícia Federal) apontam que parte dos incêndios que varreram o Pantanal neste ano tem origem criminosa: grilagem de terra da União, uso do fogo para abrir pasto e ganhar dinheiro.

Aos demais, restam só os prejuízos. Como a fumaça que encobriu MS e nos maltratou a saúde neste ano, a destruição do verde e a dor dos animais, que morrem nas chamas ou precisam de tratamento quando escapam do fogo.

No dia 20 de setembro, a PF deflagrou a Prometeu para investigar fazendeiros da “alta sociedade” de Corumbá por incêndio, desmatamento e grilagem de terra pública.

Em 10 de outubro, a segunda operação foi a campo após perícia da Polícia Federal identificar que aproximadamente 30 mil hectares do bioma Pantanal foram queimados por ação dos investigados.

A catástrofe ganhou grande repercussão no final de semana do Arraial São João, tradicional festa junina de Corumbá, revelando imagens impactantes enquanto a margem do Rio Paraguai ardia em chamas.

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Matéria editada às 11h10 para correção de informação. As cenas foram gravadas em Rio Verde e não no Pantanal.

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