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Interior

Incêndio avança e atinge área em recuperação na Serra do Amolar

Reserva foi duramente atingida pelas chamas, em 2020, e havia recebido 25 mil mudas

Por Silvia Frias | 25/10/2024 10:55


RESUMO

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O fogo na região da Serra do Amolar, em Corumbá, se intensificou e atingiu a RPPN Acurizal, que estava em recuperação após os incêndios de 2020. As chamas se espalharam devido à força dos ventos e altas temperaturas, atingindo 11 km dentro da reserva. A região está em chamas há duas semanas e a chuva não foi suficiente para extinguir o fogo. Brigadistas do IHP, Prevfogo/Ibama e duas aeronaves estão trabalhando para combater as chamas, mas a tarefa é desafiadora devido ao calor e ao terreno de difícil acesso. Investigações da PF apontam que parte dos incêndios no Pantanal é criminosa, incluindo grilagem de terras e uso de fogo para abrir pastos.


O fogo não dá trégua para região da Serra do Amolar, em Corumbá, a 428 quilômetros de Campo Grande. Agora, as chamas se intensificaram e chegaram até a RPPN (Reserva Particular Patrimônio Natural) Acurizal, que estava em recuperação por conta dos incêndios de 2020. A área havia recebido 25 mil mudas.

As chamas se alastraram por conta da força dos ventos e das temperaturas acima de 40ºC. Ontem, o fogo atingiu extensão de 11 quilômetros dentro da RPPN Acurizal.

De acordo com informações do IHP (Instituto Homem Pantaneiro), toda a região da Serra do Amolar está sendo atingida pelo fogo há duas semanas e a chuva dos últimos dias não foi suficiente para debelar totalmente as chamas.

Além dos seis brigadistas da Brigada Alto Pantanal, outros 38 brigadistas do Prevfogo/Ibama foram mobilizados. As equipes ainda tem apoio de duas aeronaves para dispersão da água. O trabalho, no entanto, é difícil por conta das altas temperaturas e pela área de difícil acesso.

À noite, fogo se evidencia e mostra extensão do prejuízo no Pantanal (Foto/IHP/Divulgação)
À noite, fogo se evidencia e mostra extensão do prejuízo no Pantanal (Foto/IHP/Divulgação)

Duas operações da PF (Polícia Federal) apontam que parte dos incêndios que varrem o Pantanal tem origem criminosa: grilagem de terra da União, uso do fogo para abrir pasto e ganhar dinheiro.

No dia 20 de setembro, a PF deflagrou a Prometeu para investigar fazendeiros da “alta sociedade” de Corumbá por incêndio, desmatamento e grilagem de terra pública.

Em 10 de outubro, a segunda operação foi a campo após perícia da Polícia Federal identificar que aproximadamente 30 mil hectares do bioma Pantanal foram queimados por ação dos investigados.

Do alto, fumaça na Serra do Amolar, em Corumbá (Foto/Divulgação/IHP)
Do alto, fumaça na Serra do Amolar, em Corumbá (Foto/Divulgação/IHP)

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