Fogo não cessa e “colchão biológico” dificulta combate no Rio Negro
Queima lenta e contínua que nasce no subsolo prejudica combate de fogo nessa região do Pantanal
A fumaça densa e branca do Parque Estadual Pantanal do Rio Negro, que cobre extensa faixa da região e fogo é combatido ao menos desde agosto deste ano, é das mais difíceis de serem extintas, porque é formada no solo seco onde há acumulo de matéria orgânica já decomposta. Segundo o Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul, onde há acúmulo desse material, ocorrem incêndios subterrâneos, o que dificulta ainda mais o seu controle.
Imagens da corporação mostram que o solo do parque é arenoso, mas que a junção dele com grande camada de matéria orgânica decomposta, forma o que militar no vídeo chama de “colchão biológico” de matéria decomposta que queima tanto na superfície quanto em profundidade.
É uma queima lenta e contínua. “Ele vai queimando lentamente em focos espessos, em diferentes pontos”, cita o vídeo. Mas para piorar, esse fogo pode “pular” para outras áreas, produzindo incêndios maiores. Mostrando o solo, o militar diz que “isso aqui é uma área que antes foi alagada”.
Tanto que ao se aprofundar na escavação com as mãos, em cerca de 15 cm solo úmido aparece. Esse solo “é isso que faz com que a queima, fazendo ela mais lenta e gera essa grande fumaça branca, densa na região”.
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