Especialistas buscam estratégias para evitar incêndios no Parque de Rio Negro
Localizado entre Aquidauana e Corumbá, a região abriga animais ameaçados de extinção e até salinas
Equipes técnicas de diferentes instituições e moradores do entorno do Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro discutiram estratégias para evitar novos incêndios florestais na região. A reunião foi na tarde desta quinta-feira (10), na base de estudos que fica no Passo do Lontra, em Corumbá - a 428 km de Campo Grande.
O parque é a maior unidade de conservação de proteção integral de Mato Grosso do Sul, que fica entre os municípios de Aquidauana e Corumbá, e concentra no seu entorno áreas com a maior incidência de fogo no Pantanal nos últimos 20 anos.
Uma das propostas, apresentadas pelo Núcleo de Estudos do Fogo em Áreas Úmidas do Programa de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração, o PELD Nefau, desenvolvido por pesquisadores da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). Segundo o coordenador do grupo, Geraldo Damasceno, o manejo integrado do fogo é uma estratégia de prevenção.
"Queremos fazer o que chamamos de pirodiversidade, ou seja, usar o fogo a favor do ambiente e das espécies, por meio de queimas prescritas e controladas, feitas dentro de ações integradas e previstas em plano de manejo integrado do fogo”, defende.
O parque abrange os municípios de Aquidauana e Corumbá. Nele, diversos animais e plantas ameaçadas de extinção encontram no local o seu refúgio. Dessa forma, o parque é de fundamental importância para garantir os processos ecológicos fundamentais para a continuidade e a manutenção da vida no Pantanal.
Participaram da reunião moradores do entorno do parque, representantes do Prevfogo/Ibama, Sindicato Rural de Corumbá, Exército, Marinha do Brasil, Corpo de Bombeiros, PMA (Polícia Militar Ambiental), Terra Brasilis e Aliança SP. O encontro foi organizado pelo PELD NEFAU, Wetlands International Brasil, Mupan - Mulheres em Ação e Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul).
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