Onça será transferida para MS após risco de incêndio em base de cuidados no MT
Fogo a 4 km de base de reabilitação do Instituto Ampara Silvestre forçou uma operação de retirada dos animais
Animais resgatados dos incêndios no Pantanal do Mato Grosso foram retirados às pressas do Instituto Ampara Silvestre, após um incêndio florestal se aproximar perigosamente do local nos últimos dias. Entre os animais, está uma onça parda que será trazida par o Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres) em Campo Grande.
A base de cuidados está localizada na Transpantaneira, em Poconé, Mato Grosso, a 104 km de Cuiabá. O fogo, que estava a apenas 4 km de distância, tinha previsão de alcançar a região pouco tempo, o que levou à evacuação emergencial dos animais sob orientação do Ibama e ICMBio.
Segundo a veterinária do Ibama, Marília Gama, a evacuação foi determinada com base no monitoramento dos focos de incêndios. “Com base nas informações do SCI Fogo, os focos de incêndio estavam a apenas quatro quilômetros da base, levando o comando a recomendar pela evacuação imediata dos animais”, explicou.
Até o momento, um tamanduá, uma anta e um veado já foram transferidos para uma base da Sema (Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Mato Grosso), na Transpantaneira.
Já a onça parda, ainda jovem, que está em processo de reabilitação para futura soltura, será trazida para o CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres) de Mato Grosso do Sul no fim de semana.
A ação faz parte de um esforço conjunto para a proteção da fauna do Pantanal, com o objetivo de assegurar a segurança dos animais. “Assim que a base estiver segura novamente, os animais retornarão. Após o cuidado de saúde e reabilitação, eles poderão voltar para o seu habitat”, afirmou a veterinária Marília Gama.
A Ampara divulgou nas redes sociais um vídeo que mostra a base cercada por um céu completamente alaranjado, evidenciando a proximidade do fogo, que estava a apenas 4 km de distância e com previsão de alcançar o local em poucas horas. Além de remover os animais, a ONG precisou contratar maquinário para reforçar os aceiros na propriedade e tentar conter a chegada das chamas. (veja abaixo)