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Meio Ambiente

“Cem por cento do fogo foi por ação humana”, diz presidente do Ibama em Corumbá

Rodrigo Agostinho diz que raios podem gerar fogo no Pantanal, mas que neste ano não houve registros desse tipo

Por Mylena Fraiha e Fernanda Palheta, de Corumbá | 31/07/2024 18:09
Incêndio registrado na região da Nhecolândia, no Pantanal de MS (Foto: Divulgação/CBMS)
Incêndio registrado na região da Nhecolândia, no Pantanal de MS (Foto: Divulgação/CBMS)

“Cem por cento do fogo foi provocado pela ação humana”, afirmou Rodrigo Agostinho, presidente do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), ao comentar sobre a origem das queimadas no Pantanal este ano. A afirmação foi feita na tarde desta quarta-feira (31) durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e sua comitiva em Corumbá, a 428 km da Capital.

Durante entrevista concedida à imprensa, Rodrigo mencionou que uma das ocorrências naturais que pode gerar fogo no Pantanal são os raios. Entretanto, ele pontua que neste ano, os estudos e monitoramentos não mostraram nenhum foco de incêndio que teve esse tipo de origem.

Presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, que acompanhou a comitiva presidencial no Pantanal (Foto: Henrique Kawaminami)
Presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, que acompanhou a comitiva presidencial no Pantanal (Foto: Henrique Kawaminami)

O presidente do Ibama menciona que o único caso visto como acidental, mas que também tem envolvimento humano, foi o foco incêndio ocorrido no dia 23 de julho, após um acidente de caminhão atolado tentar sair da lama e gerar uma ignição que se alastrou na região de Nhecolândia. Somente no dia 24 de julho equipes do Corpo de Bombeiros conseguiram chegar na área, de difícil acesso

Atualmente, Rodrigo explica que equipes seguem empenhadas em dois grandes incêndios na região pantaneira de MS. “Hoje há dois grandes incêndios no Pantanal. Um no Parque do Rio Negro e outro na base da Serra do Amolar, que esperamos controlar”.

Incêndios - Conforme o boletim mais recente do Governo Federal, divulgado pela ministra do MMA (Meio Ambiente e Mudanças Climáticas), Marina Silva, até o dia 28 de julho, foram registrados 82 focos de incêndio. Destes, 45 já foram extintos, 36 estão em combate e, dentre estes, 20 já foram controlados.

No total, 890 profissionais estão atuando no combate aos incêndios, incluindo forças armadas, brigadistas do Ibama e ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), militares do Corpo de Bombeiros e agentes da Polícia Federal.

O boletim também revelou que Corumbá lidera o número de focos de incêndio na região pantaneira, com 2.283 ocorrências, representando 62% dos focos de calor. Em seguida estão Cáceres (MT) com 433 focos e Poconé (MT) com 313 focos.

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