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Meio Ambiente

Chuva abaixo da média e temperatura acima sinalizam tragédia maior no Pantanal

Para este mês, precipitações serão irregulares, com máximo de 20 milímetros até 17 de outubro; máximas continuarão batendo recorde

Lucia Morel | 01/10/2020 18:12
Fogo na Serra do Amolar é dos mais difíceis de combater devido ser região de difícil acesso. (Foto: Instituto Homem Pantaneiro)
Fogo na Serra do Amolar é dos mais difíceis de combater devido ser região de difícil acesso. (Foto: Instituto Homem Pantaneiro)

Com chuvas abaixo da média e temperaturas acima previstas para o mês de outubro, não há solução breve para conter as queimadas no Pantanal. Em transmissão ao vivo esta tarde, a Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) revelou situação crítica porque passa o bioma.

O fim dos incêndios depende das precipitações, que até devem chegar entres os dias 9 e 17, mas que não serão suficientes.

Vinte milímetros é o máximo, o que ameniza, mas não melhora a situação. Serão chuvas de fraca intensidade e não volumosas, serão como pancadas”, disse a meteorologista do Cemtec (Centro de Monitoramento de Tempo, do Clima e dos Recursos Hídricos de Mato Grosso do Sul), Franciane Rodrigues.

Segundo ela, haverá “anomalia nas precipitações” e é necessária “atenção total em relação este mês”. A explicação é o fenômeno La Niña, que impede o acesso de frentes frias ao Centro-Oeste. “O La Niña atrasa o período chuvoso”, disse.

As queimadas deste ano já destruíram 3,4 milhões de hectares do Pantanal, 1,4 milhão em Mato Grosso do Sul e 2 milhões em Mato Grosso. O total já é o dobro da área atingida em todo ano passado, quando 1,5 milhão de hectares foram devastados.

Diante desse quadro, o titular da Semagro, Jaime Verruck, relatou que a solução deve chegar pelas ações humanas e não se pode esperar a chuva. "Nossa situação é de alerta, de estado extremamente crítico", sustentou.

Entre as ações, está o uso de três aeronaves que lançam água e o reforço com 60 combatentes do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal e 18 de Santa Catarina e ainda, 15 militares da Força Nacional.

Dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) indicam que o Pantanal registrou este ano, desde janeiro, 18.259 focos de incêndio, maior valor em 22 anos. Desses, pelo menos 8.106 deles estão atualmente ativos em todo bioma e

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