Chuva em agosto reduz número de incêndios na vegetação em MS
Graças ao acumulado de chuva acima do esperado, a quantidade de queimadas para o mês de agosto em Mato Grosso do Sul está abaixo da média. Segundo dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), até esta terça-feira (23) foram registrados 806 focos de incêndio em vegetação no estado, valor 23% menor do que o mesmo intervalo de tempo em julho.
Somente em Corumbá, segundo o órgão, já choveu 35 milímetros no período, quando haviam sido previstos 25 milímetros. A diferença, embora seja pouca, é suficiente para umedecer a mata, dificultando a propagação das chamas.
Logo no início o mês deu sinais de que poderia superar todos os índices, já que a primeira semana foi suficiente para colocá-lo como segundo do ano em quantidade de queimadas. Porém, no decorrer dos dias a situação se reverteu.
Enquanto isso, julho teve os maiores registros de queimadas do ano até o momento. Durante os 31 dias daquele mês foram 1.050 focos, maior quantidade dos últimos 18 anos nesse período.
“Agosto está sendo um mês anômalo, enquanto em julho foi o contrário, com precipitação muito abaixo da média, inclusive na região de Corumbá. Então essas condições climáticas têm impacto no uso do fogo, que quase sempre é de origem humana. Portanto, quando está mais seco o fogo tem menos dificuldade em se propagar, esse mesmo fogo iniciado em um período úmido não vai muito longe”, disse ao Campo Grande News Alberto Setzer, coordenador do Programa Queimadas do Inpe.
Estatísticas – Mato Grosso do Sul acumula 2.861 focos de incêndio em vegetação em 2017, sétima maior quantidade do país atrás de Pará (13.168), Mato Grosso (10.802), Tocantins (6.701), Amazonas (6.694), Maranhão (5.788) e Rondônia (3.699).
Corumbá, mesmo com menos queimadas durante o mês de agosto, continua em terceiro lugar na lista dos municípios com maiores quantidades de zonas críticas, com 1.511 registros, atrás apenas de São Félix do Xingu (2.669) e Altamira (2.211), ambas localizadas no Pará.