Cineasta filma sucuri engolindo tatu-galinha no Pantanal
Situação chamou atenção de quem esteve no local por ser raro sucuris serem encontradas durante cheia
Uma sucuri de aproximadamente dois metros de comprimento foi flagrada engolindo um tatu-galinha, na manhã de ontem (5), no Pantanal. A ação do animal chamou atenção de quem passava pelo local, próximo à pousada Refúgio da Ilha, distante cerca de 30 quilômetros de Miranda, município a 207 quilômetros da Capital.
Imagens gravadas pelo cineasta Mauricio Copetti mostram a cobra enrolada e engolindo o animal, sem dificuldades. O momento raro, devido à dificuldade de encontrar sucuris durante a cheia no Pantanal, surpreendeu o cineasta.
"Trabalho com filmes de natureza e, quando me avisaram, corri e filmei", revelou Mauricio. De acordo com ele, quando chegou ao local, o animal já estava se alimentando e todo o processo para engolir a presa durou aproximadamente 30 minutos.
Admirado com o flagrante, Mauricio revelou ainda ter tomado cuidado para não intervir na alimentação da cobra. "Eu nunca tinha visto ou filmado, achei belo e assustador. Mas eu estava a 2 metros de distância, cuidando pra não me movimentar demais pra não interferir", garantiu.
A medida adotada pelo cineasta foi aprovada pela pesquisadora de sucuris e doutoranda da USP, Juliana de Souza Terra. Segundo ela, "o ideal é deixar o bicho se alimentar e respeitar o espaço do animal, porque se alguém interferir, ela vai regurgitar por se sentir ameaçada e acabar fugindo.
Ainda segundo a pesquisadora, ao regurgitar, o animal pode acabar sofrendo danos maiores. "Como ela gasta muita energia para se alimentar, ao desfazer o processo ela pode sofrer fraquezas e, até mesmo, morrer", destacou Juliana.