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Meio Ambiente

Comunidades do Alto Pantanal serão mapeadas para geração de renda

Ações serão promovidas por meio da união do Instituto do Homem Pantaneiro e o Sebrae-MS

Gabriela Couto | 15/11/2022 13:10
Visão da Serra do Amolar, onde fica o Alto Pantanal e comunidades tradicionais que moram na beira do Rio Paraguai. (Foto: Gabriela Couto)
Visão da Serra do Amolar, onde fica o Alto Pantanal e comunidades tradicionais que moram na beira do Rio Paraguai. (Foto: Gabriela Couto)

A maior área de conservação do Pantanal, conhecida como região do Alto Pantanal, será mapeada para promoção de turismo sustentável com as comunidades tradicionais que moram na área entre os municípios de Corumbá (MS), Poconé (MT) e Cáceres (MT). Ao todo são cerca de 1 milhão de hectares que são monitorados pelo Pró-Pantanal, uma parceria entre IHP (Instituto Homem Pantaneiro) e Sebrae/MS.

As ações começaram em setembro, com o IHP colocando em prática o “Plano de desenvolvimento do território Alto Pantanal”. Nesse conjunto de atividades previstas no projeto, fomentar o turismo sustentável representa em levar inovação nessas comunidades mais remotas.

“O turismo sustentável é entendido como uma maneira de viajar e descobrir um destino, onde respeita-se a cultura, o meio ambiente e as pessoas, preservando tradições locais e recursos naturais e dando protagonismo às comunidades residentes. É uma ferramenta de atuação do Alto Pantanal para proporcionar a geração de oportunidades de negócios e de renda às comunidades daquela região”, afirma a secretária-executiva do IHP, Betina Kellermann.

Por meio da parceria entre as duas instituições, serão mapeadas todas as comunidades que vivem na região, com o objetivo de conhecer as famílias e entender quais atividades elas desempenham para obtenção de renda. Além disso, serão levantadas informações de quais produtos elas produzem ou têm interesse em produzir para uma possível profissionalização na produção.

“O Alto Pantanal representa no território pantaneiro uma área onde estão comunidades tradicionais, uma riqueza cultural imensa e uma região conhecida como mais selvagem do bioma, ao mesmo tempo onde está o berço dessa área alagável. O projeto do Sebrae com o IHP procura trazer as potencialidades que essa área representa, demonstrar que produzir natureza é um meio de valorizar a mulher e o homem pantaneiros que estão nessa região, identificar oportunidades para geração de renda de forma sustentável e atuar em prol de uma governança de cooperação. Temos o turismo, a agricultura familiar, a economia criativa e a biodiversidade entre os eixos de atuação em toda essa área”, detalha o gerente da unidade de competitividade do Sebrae/MS, Rodrigo Maia.

Será realizado, ainda, o mapeamento dos sítios arqueológicos presentes na região, e, por fim, todas estas informações serão usadas para compor um roteiro de turismo que contemple desde a história da região até a geração de renda para as comunidades.

“Também serão oferecidas capacitações para jovens da comunidade que devem resultar em novas oportunidades de geração de renda na região, como a formação de guias de turismo. O projeto também prevê ações para manutenção da segurança alimentar das comunidades, como a instalação de Sistemas Agroflorestais e de tanques-rede para produção de peixes”, explica a coordenadora técnica do IHP, Angélica Guerra.

Pró-Pantanal – Programa de Apoio à Recuperação Econômica do Bioma Pantanal é uma iniciativa do Sebrae para fomentar atividades econômicas nos eixos do turismo, da economia criativa e do agronegócio existentes no Pantanal.

O programa ainda tem apoio da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), FAEMS (Federação das Associações Empresariais de Mato Grosso do Sul), Imasul (Instituto do Meio Ambiente de MS) e Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar).

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