ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, QUINTA  21    CAMPO GRANDE 24º

Meio Ambiente

Deputados rejeitam, mas pesca do dourado deve ser proibida em Corumbá

Vereadores do município votaram pela proibição por 10 anos

Priscilla Peres | 07/06/2017 13:48
Dourado é considerado peixe esportivo e tem preferência dos pescadores. (Foto: Divulgação)
Dourado é considerado peixe esportivo e tem preferência dos pescadores. (Foto: Divulgação)

Enquanto os deputados rejeitaram o projeto e deixaram pesca do dourado livre pelos rios de MS, vereadores de Corumbá - distante 419 km de Campo Grande, votaram pela proibição da pesca e trânsito do peixe na cidade, por dez anos.

O vereador Rufo Vinagre (PR), presidente da comissão municipal de meio ambiente, explica que no município a medida é de extrema importância para a manutenção da espécie, ameaçada de extinção. "O problema é que o dourado é um peixe esportivo, o que o turista mais gosta de pescar", afirma.

O projeto aprovado na Câmara segue para sanção do prefeito Ruiter Cunha (PSDB) e, se aprovada, será a segunda vez que a lei vigora na cidade. Entre 2012 e 2016 a pesca da espécie esteve proibida, tendo a vigência terminado em janeiro desse ano.

Em cinco meses da lei suspensa, o vereador Rufo afirma que cresceu muito o número de pescadores que capturaram o dourado na região. Dessa vez, a Câmara aprovou dois projetos, o que proibe a pesca da espécie no rio Paraguai, dentro do município e outra que impede o transporte do peixe.

Além disso, a captura, transporte, armazenamento, guarda e manejo de exemplares das espécies, somente será permitida para fins científicos, mediante autorização da Fundação do Meio Ambiente do Pantanal. Já a pesca só pode ser feita para subsistência e por moradores ribeirinhos.

"Você pode pescar e comer o peixe, mas não pode transportá-lo. Isso para impedir que a espécia seja comercializada, visto que o consumo dentro de Corumbá é baixo", explica o vereador Rufo.
Ambos os projetos poderão ser revistos após cinco anos, inclusive o tempo de proibição, mediante a estudos técnicos e científicos que possibilitem avaliar um aumento dos estoques pesqueiros no município.

Nos siga no Google Notícias