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Meio Ambiente

Em 24 horas, focos de queimadas no Pantanal saltam de 150 para 258

Trabalhos foram parcialmente paralisados neste domingo (26) após avarias em helicóptero, mas serão retomados na segunda-feira

Maressa Mendonça e Geisy Garnes | 26/04/2020 14:27
Militares identificam foco de queimada no Pantanal (Foto: Divulgação)
Militares identificam foco de queimada no Pantanal (Foto: Divulgação)


Os focos de queimadas no Pantanal em Corumbá, município distante a 414 quilômetros de Campo Grande, saltaram de 150 para para 258 nas últimas 24 horas, conforme informações do Corpo de Bombeiros.

À reportagem do Campo Grande News, o Coronel Fernando Carminatti,  comentou que há neste domingo (26) há  258 focos ativos na região do Pantanal. Deste total, 178 só na região da Fazenda Santa Tereza. Eles lutam para evitar que as chamas cheguem na Serra do Amolar, área localizada na fronteira do Brasil com a Bolívia, entre Cáceres (MT) e Corumbá (MS), onde estão localizados o Parque Nacional do Pantanal Mato-Grossense e três reservas particulares do Patrimônio Natural.

O presidente do Instituto do Homem Pantaneiro, coronel Ângelo Rabelo resumiu a situação neste domingo como “crítica” após a aeronave do Corpo de Bombeiros ter sobrevoado a região para saber onde os trabalhos ficarão concentrados na segunda-feira.

Desde o início da semana as equipes estão atuando em quatro pontos às margens do Rio paraguai: Bahia Vermelha, perto da fronteira com a Bolívia, nas proximidades da Escola Jatobazinho, onde estão em dois pontos distintos,  e também na região da Ilha Verde, no Paraguai-Mirim.

Segundo Rabelo,  em um dos pontos os militares identificaram que um morador ateou fogo em vegetação para poder trabalhar com a retirada de mel dos favos. Em decorrência deste tempo de estiagem essa chama pode ter se alastrado.

Ainda segundo o coronel, os serviços hoje foram parcialmente paralisados porque uma das aeronaves usadas pelos Bombeiros teve uma pequena avaria, mas já foi reparada. Os trabalhos serão completamente retomados amanhã.

Força-tarefa -  Militares do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e do Distrito Federal, brigadistas contratados pela Instituto do Homem Pantaneiro, equipes do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) integram a força tarefa de combate aos incêndios no Pantanal.

As queimadas começaram a castigar o Pantanal já em março deste ano fazendo com que a reativação da sala situação fosse antecipada. Nos últimos cinco anos Corumbá esteve na liderança entre os municípios com maior número de focos de incêndio do Brasil. Ao que tudo indica, o quadro se manterá neste ano.

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