Empresa é multada em R$ 33 mil por instalar bomba em área de proteção permanente
Atvos Bioenergia Eldorado S.A. tem que responder ao MPMS por buscar água no Rio Brilhante sem permissão
O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) abriu um inquérito civil para investigar possível dano ambiental causado pela empresa Atvos Bioenergia Eldorado S.A., em Rio Brilhante.
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O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) abriu um inquérito civil para investigar a Atvos Bioenergia Eldorado S.A. por possível dano ambiental no Rio Brilhante. A empresa foi flagrada utilizando uma moto-bomba para captar água em uma Área de Preservação Permanente (APP) sem autorização, conforme relatório de fiscalização ambiental. A Atvos foi autuada com multas de R$ 33 mil, teve a moto-bomba apreendida e precisa apresentar um projeto de recuperação da área degradada. A empresa nega ter cometido crime ambiental e afirma ter as licenças necessárias, mas o MPMS irá realizar perícias para apurar os fatos e, caso comprovado o dano ambiental, poderá mover uma ação civil pública contra a empresa.
Conforme a denúncia que chegou ao promotor de Justiça de Angélica, Allan Thiago Barbosa Arakaki, uma motobomba foi instalada nas margens do rio para captar água, sem a devida autorização ambiental, em uma APP (Área de Preservação Permanente).
O inquérito foi motivado por um relatório de fiscalização ambiental, que registrou a instalação do equipamento em uma área protegida, em desacordo com a legislação vigente. O promotor solicitou a coleta de informações, depoimentos e realizar perícias que possam fundamentar uma eventual ação civil pública contra a empresa.
O caso - Durante a fiscalização, realizada no dia 9 de agosto de 2024, foi constatado que a Atvos Bioenergia Eldorado utilizava motobomba para suprir a escassez hídrica em sua estação de captação, mesmo sem a autorização necessária para a intervenção na APP.
O analista de meio ambiente da empresa apresentou documentos que demonstravam a outorga de direito de uso de recursos hídricos, mas admitiu a falta da licença específica para a intervenção em área de proteção.
A empresa foi autuada com multas totalizando R$ 33 mil, incluindo penalizações por operar sem licença e por danos a vegetação nativa. Além disso, a motobomba foi apreendida e a empresa deverá apresentar um projeto de recuperação de área degradada junto ao Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul.
A promotoria concedeu um prazo de 10 dias para que interessados apresentem quesitos para a perícia, alertando que a falta de resposta será interpretada como desinteresse na questão.
Resposta - Em nota, a assessoria de imprensa negou ter cometido crime ambiental. "A Unidade Eldorado informa que cumpre todas as obrigações legais, possui as licenças ambientais exigidas pelos órgãos responsáveis e não realizou intervenção em Área de Preservação Permanente na região de Rio Brilhante (MS)".
O comunicado ainda reforçou que a "companhia prestou os devidos esclarecimentos ao Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul e segue à disposição das autoridades para contribuir com as investigações".
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