ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
DEZEMBRO, DOMINGO  22    CAMPO GRANDE 27º

Lado Rural

MS tem o 3º maior crescimento de usinas de biogás no País em 2023

Estado também foi o primeiro a colocar em funcionamento trator movido a biometano no País, ano passado

Por José Roberto dos Santos | 28/05/2024 11:42
Usina de biometano inaugurada este ano pela BJS, em Campo Grande. (Foto: Semadesc)
Usina de biometano inaugurada este ano pela BJS, em Campo Grande. (Foto: Semadesc)

Mato Grosso do Sul está entre as unidades da federação mais representativas do Brasil em relação ao número usinas de biogás em operação. O Estado saiu de 59 plantas de produção do biocombustível em 2022 para 83 unidades no ano de 2023, um crescimento de 41%, o terceiro melhor índice do País, atrás somente do Paraná e Goiás, conforme os dados do Panorama do Biogás no Brasil 2023, elaborado pelo CIBiogás (Centro Internacional de Energias Renováveis – Biogás). O relatório traz um mapeamento dos dados sobre a produção, aproveitamento energético e potencial do biogás e biometano.

O crescimento do número de usinas de biogás em MS é parte do resultado do no MSRenovável (Programa Estadual de Incentivo ao Desenvolvimento das Fontes Renováveis de Produção de Energia Elétrica), política do Governo do Estado, implementada pela Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação).

Além do fomento ao uso do biocombustível para geração de energia elétrica, o Governo também incentiva a produção do biometano, que é a purificação do biogás, buscando a meta de obter o reconhecimento internacional de Mato Grosso do Sul como Estado Carbono Neutro até 2030.

Infográfico da CIBiogás mostra evolução da bioenergia pelo País, com novas usinas
Infográfico da CIBiogás mostra evolução da bioenergia pelo País, com novas usinas

Conforme os dados da Cibiogás, 3 plantas de produção de biometano já estão em operação em Mato Grosso do Sul, com capacidade total instalada de 8,16 milhões de Nm³/ano (metros cúbicos normais, ao ano). Já estão em operação as usinas: da Adecoagro, em Ivinhema com capacidade de 2,4 milhões de Nm³/ano; a JBS, em Campo Grande, com capacidade de 1,38 milhão de Nm³/ano e a SF Agropecuária, no município de Brasilândia, com capacidade de 4,38 milhões de Nm³/ano.

Uma quarta unidade de biometano em Mato Grosso do Sul foi anunciada pela Atvos no mês de abril de 2024, com capacidade instalada de 28 milhões de metros cúbicos de biometano. Ela será instalada no município de Nova Alvorada do Sul, onde a companhia já possui uma planta responsável pela produção de etanol e deve receber investimentos de R$ 350 milhões.

Incentivo para o biogás e biometano

No mês de abril, na 2ª edição do Programa ‘Baixar Impostos para fazer dar certo’, o governador Eduardo Riedel assinou decreto que beneficiou o biogás e o biometano com uma redução da base de cálculo do ICMS, passando a ter uma carga tributária de 12% (saídas internas), com crédito outorgado de 85% (saídas internas) e 90% nas saídas interestaduais.

“O biogás e o biometano, extraídos da vinhaça nas usinas de cana-de-açúcar ou do tratamento de dejetos da suinocultura e da bovinocultura, são o nosso principal potencial de combustível renovável. A utilização dessa matriz energética já é realidade em veículos de transporte de carga”, comenta o secretário Jaime Verruck, da Semadesc.

Trator movido a biometano em operação na Agropecuária SF,em Brasilândia. (Foto: Semadesc)
Trator movido a biometano em operação na Agropecuária SF,em Brasilândia. (Foto: Semadesc)

Trator movido a biometano

Em abril do ano passado, a Fazenda SF Agropecuária, em Brasilândia (MS) colocou em funcionamento o primeiro trator movido a gás biometano do País. A SF Agropecuária é uma das propriedades rurais pioneiras na utilização de dejetos de suínos no abastecimento de energia por meio de geração distribuída, abate 188 mil animais por ano e conta com diversas atividades e um portfólio diversificado. Entre essas atividades estão a suinocultura, a pecuária, a agricultura e a geração de energia elétrica.

* Com informações da Semadesc.

Nos siga no Google Notícias