Fumaça atrapalha até observação do "cometa do século" em MS
Hoje (27) de madrugada ocorreu o periélio (maior aproximação ao Sol) do corpo celeste
O periélio (maior aproximação ao Sol) do corpo celeste que vem sendo chamado de "cometa do século", não foi visto em Mato Grosso do Sul nem na madrugada e nem no início desta manhã (27). Até a publicação desta matéria, não foram encontrados registros oficiais.
Observadores do clube de astronomia Carl Sagan, da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), haviam previsto que a fumaça emitida por incêndios no Brasil e em outros países da América do Sul atrapalharia a visualização hoje. Mas, se as condições do céu melhorarem, ainda há chances de se encantar com o evento até outubro.
Monitor do clube, Henrique Acuri diz que a expectativa é vê-lo em duas semanas, a partir de 12 de outubro. "Ele começará a aparecer no céu no final da tarde, próximo ao pôr do sol. Se a fumaça melhorar, poderemos observar de Mato Grosso do Sul", detalha.
A essa altura, o cometa estará mais próximo da Terra. Henrique explica que, nessa posição, é mais provável que um astro com grande magnitude possa ser observado. Ele tem magnitude de 2,7, o que o torna muito brilhante e difícil de ser visto.
Por causa da grande magnitude, as chances de visualização seriam muito baixas no periélio de hoje ainda que não houvesse fumaça, complementa o monitor do clube.
De acordo com o Observatório Nacional, ainda não é possível garantir com exatidão que o cometa será visível a olho nu, já que o brilho desses objetos torna difícil a previsão. Quem quiser tentar, pode usar binóculos, lunetas e aplicativos de celular que ajudam a identificar objetos astronômicos. O clube de astronomia possui telescópios e deverá divulgar datas para observação na página do Instagram @clubecarlsagan.
O cometa é oficialmente chamado de C/2023 A3 (Tsuchinshan–ATLAS), mas ganhou o apelido de "do século" por ser um dos mais brilhantes identificados nos últimos tempos. Ele foi descoberto em janeiro de 2023 pelo Observatório Chinês de Tsuchinshan e, posteriormente, confirmado pelo sistema ATLAS (Asteroid Terrestrial-impact Last Alert System) em fevereiro do mesmo ano.
Matéria editada às 10h43 para destacar que não havia registros oficiais da observação até o momento da publicação.
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