Imasul investiga mortandade de peixes no Rio Paraná
Relatório apontou descarte coletivo por parte de pescadores
Mortandade de pequena quantidade de peixes no Rio Paraná, no município de Aparecida do Taboado, distante 442 quilômetros de Campo Grande, é investigada pelo Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul).
Após levantamento e análise de imagens de satélite e da qualidade da água, com apoio da OMA (Polícia Militar Ambiental), concluiu-se que a mortandade o correu por captura por petrecho de emalhar (rede).
O relatório assinado pela fiscal ambiental Maria Célia Montanholi Martins e pela sargento Ariane Zanirato Contini, da PMA, certifica que não foi constatada alteração na qualidade da água nos corpos hídricos – rios Paraná e Paranaíba e Córrego Rondinha -, a montante e a jusante do emissário da ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) da Sanesul.
Conforme o levantamento, de acordo com informações de moradores e pescadores locais o pequeno número de exemplares, associado às demais características ambientais, físicas e químicas observadas pela fiscalização, “revelam não se tratar de mortandade e sim de um descarte seletivo, oriundo da prática da atividade de pesca, que é permitida pela legislação vigente”.
É comum, conforme o relatório, esse procedimento com os peixes inservíveis para o consumo humano que ficam presos nas redes de pesca profissional, os quais são devolvidos ao rio. Contudo, dependendo da direção do vento, os exemplares são arrastados para as margens do Rio Paraná.
A análise da água coletada em trechos dos rios acima e abaixo do local onde foram encontrados os peixes mortos apontou valores do PH 7 e de oxigênio em conformidade com resolução do Conama (Conselho Nacional de Meio Ambiente), ideais para a manutenção da vida aquática.