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Meio Ambiente

Incêndios florestais já atingiram os três biomas de Mato Grosso do Sul

Só no Pantanal foram consumidos 1,2 milhão hectares de área e do bioma Cerrado foram 21 mil hectares

Ana Paula Chuva | 25/09/2020 13:17
Área queimada nas margens da Transpantaneira, região de Coxim. (Foto: Silas Lima)
Área queimada nas margens da Transpantaneira, região de Coxim. (Foto: Silas Lima)

Mato Grosso do Sul já tem seus três biomas atingidos pelos incêndios florestais. Só no Pantanal, dos 3.186.000 de hectares consumidos, 1.238.000 são no Estado, segundo o tenente-coronel Waldemir Moreira, coordenador do Centro de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros.

“Esse é um ano extremamente atípico. Tivemos sete meses de picos de incêndios florestais por mês. Setembro, que nem finalizou, e, o número de focos já está maior do que o mês de agosto”, disse o tenente-coronel durante coletiva de imprensa nesta manhã .

Atualmente os incêndios no bioma pantaneiro se concentram na Serra do Amolar e são 275 pessoas empenhadas no combate, sendo militares da Marinha do B rasil, Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul e Paraná, e brigadistas do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.

No bioma Mata Atlântica, os focos se concentram no Parque Nacional da Ilha Grande, no município de Naviraí a 359 quilômetros de Campo Grande. O incêndio atinge a ilha de Bandeirantes, um local confinado e de difícil acesso, segundo o tenente-coronel.

“São 23 pessoas empenhadas no combate aos incêndios na Ilha Grande, entre militares do Corpo de Bombeiros e Polícia Militar do Paraná, além de brigadistas do ICMBio. O local é de difícil acesso  e o incêndio está foi combatido nesta madrugada através de uma linha de contra fogo a partir da rodovia e está caminhando para a extinção total”, declarou durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira.

Já no bioma cerrado, foram consumidos 21 mil hectares da área, o que representa 68,6% do Parque Estadual das Nascentes do Rio Taquari e no local 48 pessoas se concentram no combate aos focos de incêndio, entre militares do Corpo de Bombeiros do Estado e do Paraná, brigadistas do ICMBio e policiais militares de Minas Gerais.

“A gente percebe que a velocidade de propagação de um incêndio este ano é muito grande. O da região do Rio Taquari está controlado, mas segue em vigilância. Os homens que estão no local fazem o trabalho de rescaldo”, completou.

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