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Meio Ambiente

MS deve manter mesmo efetivo combatendo fogo no Pantanal, apesar de ordem do STF

Em entrevista à Globo News, governador Eduardo Riedel afirmou que colaboração entre Estados já ocorre

Por Cassia Modena | 11/09/2024 11:55
Bombeiro de Mato Grosso do Sul na linha de frente contra incêndio em Porto Murtinho, município com pequena porção do Pantanal (Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros de MS)
Bombeiro de Mato Grosso do Sul na linha de frente contra incêndio em Porto Murtinho, município com pequena porção do Pantanal (Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros de MS)

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Flávio Dino, determinou ontem (10) que mais bombeiros militares e agentes da Força Nacional sejam envolvidos no combate aos incêndios que consomem o Pantanal e Amazônia, entre outras medidas. Com relação ao que cabe a Mato Grosso do Sul mobilizar no primeiro bioma, não deve haver aumento no efetivo.

Nesta quarta-feira (11), a assessoria Corpo de Bombeiros no Estado informou que a quantidade de militares continuará na mesma proporção no Pantanal sul-mato-grossense. Atualmente, estão lá o total de 164 militares de Mato Grosso do Sul. Haviam bombeiros de Santa Catarina colaborando com o trabalho até ontem (10). Hoje, ficaram apenas 13 de Sergipe. Além disso, 76 agentes da Força Nacional estão atuando em conjunto.

O que disse o governador Eduardo Riedel (PSDB) em entrevista à Globo News, nesta manhã, vai no mesmo sentido. "É louvável a decisão, porque coloca uma obrigação legal, mas já está ocorrendo". Ele afirmou que o governo respondeu ao STF sobre as ações realizadas no Pantanal em "forte" colaboração com outros Estados.

Riedel sobrevoando Pantanal durante visita de ministras, em maio deste ano (Foto: Saul Scharmm/Governo de MS) 
Riedel sobrevoando Pantanal durante visita de ministras, em maio deste ano (Foto: Saul Scharmm/Governo de MS)

Ao jornal, Riedel declarou ainda que cerca de mil agentes chegaram a atuar contra o fogo nos limites do bioma em Mato Grosso do Sul, em julho, quando houve um ápice. Destacou a parceria com o Corpo de Bombeiros do Paraná, explicando que "[eles] têm que voltar porque precisa combater incêndios lá [no outro Estado] também", já que as chamas estão "esparramadas pelo Brasil". O governador também citou a participação do Estado no trabalho que tenta deter o fogo no Amazonas, inclusive com o envio de uma aeronave.

O Campo Grande News questionou a assessoria da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Civil se vão reforçar a operação no Pantanal, cumprindo outro ponto da ordem de Dino. Não houve respostas até o fechamento desta matéria.

Federais - Segundo a determinação do STF, o Ministério da Justiça – que Dino chefiou antes de ser indicado ao Supremo – deverá definir o aumento do efetivo federal enviado aos biomas, inclusive com relação ao uso de mais aviões das Forças Armadas para lançar água contra as chamas e transportar combatentes.

A reportagem perguntou também à assessoria da pasta federal quais são as medidas com relação ao Pantanal de Mato Grosso do Sul. Não houve retorno.

O ministro do STF Flávio Dino, durante sessão na Corte, ontem (Foto: Gustavo Moreno/STF)
O ministro do STF Flávio Dino, durante sessão na Corte, ontem (Foto: Gustavo Moreno/STF)

"Pandemia" - O ministro Flávio Dino comparou a onda de incêndios que atinge não só os dois biomas, como quase todo o País, a uma pandemia.

“Nós não podemos normalizar o absurdo”, disse durante audiência no STF, destacando que o Brasil vive “uma verdadeira pandemia de queimadas que deve ser enfrentada”. O ministro afirmou que é preciso considerar que os danos não são só ambientais, mas também econômicos e à saúde humana.

A área queimada em todo o Pantanal de Mato Grosso do Sul de 1º de junho até 10 de setembro, é de 2.235.350 hectares, conforme monitoramento do Lasa-UFRJ (Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro).

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