MS lidera desmate na Mata Atlântica com 3.223 hectares derrubados em 2021
Os dados fazem parte de relatório da Fundação SOS Mata Atlântica, em conjunto com o MapBiomas e Arcplan
De áreas de Mata Atlântica desmatadas em quatro estados em 2021, Mato Grosso do Sul é o que apresentou a maior índice, com 3.223 hectares da flora nativa derrubada. A região analisada fica entre as bacias dos rios Miranda e Aquidauana, e inclui 13 cidades, sendo o maior desmate registrado em Nioaque, com 1.260 hectares.
Os dados fazem parte de relatório da Fundação SOS Mata Atlântica em conjunto com o MapBiomas e Arcplan, divulgado hoje. Imagens de satélite de alta resolução foram empregadas para registrar a derrubada da vegetação e pode verificar áreas de 0,3 hectare. Até então, as ferramentas usadas identificavam a partir de 13 hectares.
O levantamento faz parte também do lançamento do SAD (Sistema de Alertas de Desmatamento) Mata Atlântica, que vai manter alertas mensais de toda área brasileira da mata. O relatório atual levou em conta apenas quatro estados: MS, Bahia, Minas Gerais e São Paulo.
Conforme o documento, “a bacia de Miranda e Aquidauana, que envolve os fragmentos de Mata Atlântica na região de Bonito (Mato Grosso do Sul), somou a maior área desmatada. Foram 137 alertas (12%) que identificaram 3.223 hectares desmatados (48% da área total identificada).”
Nas quatro regiões analisadas, o total desmatado chegou a 6.739 hectares desmatados e 1.103 alertas via satélite que identificaram a derrubada de vegetação a partir de 0,3 hectare. Para se ter uma ideia, entre todos os municípios identificados na área de desmate, Nioaque ficou em primeiro lugar com os 1.260 hectares perdidos já citados.
A segunda cidade com maior área desmatada no Brasil foi Encruzilhada, na Bahia, seguida de mais três cidades sul-matogrossenses, sendo Bodoquena, com 518 hectares derrubados; Guia Lopes com 306 hectares e Bonito com 295 Km.
De acordo com o monitoramento, os alertas permitirão “apoio em tomadas de decisão, tanto de órgãos de fiscalização ambiental (IBAMA, Ministérios Públicos Estaduais e secretarias, órgãos e polícias ambientais, entre outros), quanto de entidades que têm políticas mandatórias ou voluntárias para a compra de produtos ou financiamento de cadeias produtivas com desmatamento zero (como bancos, traders, supermercados e a indústria de alimentos, de madeira, celulose e de bioenergia).”