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Meio Ambiente

MS lidera desmate na Mata Atlântica com 3.223 hectares derrubados em 2021

Os dados fazem parte de relatório da Fundação SOS Mata Atlântica, em conjunto com o MapBiomas e Arcplan

Lucia Morel | 01/02/2022 16:08
Em vermelho, área desmatada em Mato Grosso do Sul desde 2019. (Fonte: Reprodução MapBiomas)
Em vermelho, área desmatada em Mato Grosso do Sul desde 2019. (Fonte: Reprodução MapBiomas)

De áreas de Mata Atlântica desmatadas em quatro estados em 2021, Mato Grosso do Sul é o que apresentou a maior índice, com 3.223 hectares da flora nativa derrubada. A região analisada fica entre as bacias dos rios Miranda e Aquidauana, e inclui 13 cidades, sendo o maior desmate registrado em Nioaque, com 1.260 hectares.

Os dados fazem parte de relatório da Fundação SOS Mata Atlântica em conjunto com o MapBiomas e Arcplan, divulgado hoje. Imagens de satélite de alta resolução foram empregadas para registrar a derrubada da vegetação e pode verificar áreas de 0,3 hectare. Até então, as ferramentas usadas identificavam a partir de 13 hectares.

O levantamento faz parte também do lançamento do SAD (Sistema de Alertas de Desmatamento) Mata Atlântica, que vai manter alertas mensais de toda área brasileira da mata. O relatório atual levou em conta apenas quatro estados: MS, Bahia, Minas Gerais e São Paulo.

Fonte: SAD Mata Atlântica
Fonte: SAD Mata Atlântica

Conforme o documento, “a bacia de Miranda e Aquidauana, que envolve os fragmentos de Mata Atlântica na região de Bonito (Mato Grosso do Sul), somou a maior área desmatada. Foram 137 alertas (12%) que identificaram 3.223 hectares desmatados (48% da área total identificada).”

Nas quatro regiões analisadas, o total desmatado chegou a 6.739 hectares desmatados e 1.103 alertas via satélite que identificaram a derrubada de vegetação a partir de 0,3 hectare. Para se ter uma ideia, entre todos os municípios identificados na área de desmate, Nioaque ficou em primeiro lugar com os 1.260 hectares perdidos já citados.

Fonte: SAD Mata Atlântica
Fonte: SAD Mata Atlântica

A segunda cidade com maior área desmatada no Brasil foi Encruzilhada, na Bahia, seguida de mais três cidades sul-matogrossenses, sendo Bodoquena, com 518 hectares derrubados; Guia Lopes com 306 hectares e Bonito com 295 Km.

De acordo com o monitoramento, os alertas permitirão “apoio em tomadas de decisão, tanto de órgãos de fiscalização ambiental (IBAMA, Ministérios Públicos Estaduais e secretarias, órgãos e polícias ambientais, entre outros), quanto de entidades que têm políticas mandatórias ou voluntárias para a compra de produtos ou financiamento de cadeias produtivas com desmatamento zero (como bancos, traders, supermercados e a indústria de alimentos, de madeira, celulose e de bioenergia).”

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