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Meio Ambiente

MS terá até o final do ano mapa para orientar plantios nos municípios

O documento parcial foi apresentado em Simpósio de Sistemas Intensivos de Produção, feito pela Semadesc

Gabriel de Matos | 16/08/2023 16:39
Mapa parcial apresentado em simpósio da Semadesc (Foto: Divulgação/Semadesc)
Mapa parcial apresentado em simpósio da Semadesc (Foto: Divulgação/Semadesc)

O mapa de água disponível em solos de Mato Grosso do Sul será divulgado até o final do ano. O resultado parcial foi divulgado nesta semana durante o 2º Simpósio de Sistemas Intensivos de Produção, realizado pela Embrapa com o apoio do Governo do Estado, por meio da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação).

O mapa foi desenvolvido no âmbito do ZAE (Zoneamento Agroecológico), projeto financiado pelo Governo do Estado, com apoio do Fundems e execução pelos Centros de Pesquisa da Embrapa localizados no Estado, sob a coordenação da Embrapa Solos (Rio de Janeiro-RJ) e da Semadesc.

O técnico da Semadesc, engenheiro agrônomo Fernando Nascimento, apresentou o documento. Ele explicou que foi analisada a disponibilidade de água no solo com base na necessidade de 18 culturas como frutas, soja, milho, seringueira, eucalipto, cana-de-açucar e frutas.

Para se chegar a essa gama de informações, o território sul-mato-grossense foi dividido pelo tipo de solo predominante e indicados locais onde deveria ser feita coleta de amostras para submeter a análises.

Pontos de coleta divulgados em relatório parcial (Foto: Divulgação/Semadesc)
Pontos de coleta divulgados em relatório parcial (Foto: Divulgação/Semadesc)

Na Bacia do Rio Paraguai, foram feitas coletas em 1.160 pontos e na Bacia do Rio Paraná, outras 1.400 coletas, conta o engenheiro agrônomo Carlos Henrique Lemos Lopes, responsável técnico pelo projeto na Semadesc. Todo material coletado foi encaminhado ao Laboratório de Solos da Faculdade de Agronomia da Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz) da USP de Piracicaba (SP) para se definir as características físicas e químicas de cada solo.

O agrônomo ressaltou que cada área do Estado tem aptidão para determinada cultura. "Por exemplo, Ribas do Rio Pardo e Inocência são muito apitas a receberem eucalipto. No entanto, a área não é propícia para a fruticultura e precisaria de irrigação".

Já na região norte de Mato Grosso do Sul, como Chapadão do Sul e Coxim, o local é recomendado para vários tipos de agricultura, por ser um solo bom conforme o técnico.

Outro ponto positivo observado no mapa parcial é que a região do Bolsão (Paranaíba, Aparecida do Taboado e Três Lagoas) é um lugar propenso a receber floresta cítrica. "Em São Paulo, vários produtores estão sofrendo com doença nas plantações e o Estado pode se tornar uma alternativa por estar perto geograficamente".

O agrônomo destacou por fim que as áreas não abrangem o território do Pantanal sul-mato-grossense. Segundo ele, não há interesse para que desenvolva culturas de plantio no bioma. "Lá é uma área úmida e a grande parte não suporta. A gente não tá pensando incentivar nada no Pantanal além da pecuária".

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