MS teve quatro queimadas por hora durante o pior setembro em 10 anos
Mato Grosso do Sul fechou setembro com 2.984 focos de incêndio em vegetação segundo dados contabilizados pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), o que resulta em quatro incidentes do tipo a cada hora. Essa é maior quantidade de queimadas para este mês registrada desde 2008.
O estado acumula 6.541 ocorrências em 2017. O número ainda está menor do que os 6.958 que foram registrados durante todo o ano de 2016. O recorde de queimadas foi batido em 2002, quando houve 12.544 focos em 12 meses.
Agosto e setembro são considerados meses críticos para a ocorrência de incêndios florestais devido ao tempo seco e baixa quantidade de chuvas. Contudo, nos meses passados a situação foi atípica em Mato Grosso do Sul quando julho, que não costuma ter muitos casos, teve o pior índice desde 1999 e agosto ficou abaixo da média com 1.448 casos.
O estado voltou a ocupar o oitavo lugar no ranking nacional de incêndios em vegetação, atrás do Pará (43.203), Mato Grosso (38.129), Maranhão (22.628), Tocantins (18.981), Amazonas (12.673), Rondônia (11.530) e Minas Gerais (8.341).
Corumbá, localizado a 419 quilômetros de Campo Grande em terras pantaneiras, concentra mais da metade dos incêndios em mata registrados em Mato Grosso do Sul. Segundo o Inpe, o município teve 3.648 ocorrências entre os dias 1° de janeiro e 30 de setembro.
A Cidade Branca é a quarta no Brasil com maior quantidade de queimadas, perdendo apenas para Porto Velho (3.836), Altamira (6.026) e São Félix do Xingu (9.752); estas duas últimas localizadas no estado do Pará.