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Meio Ambiente

Pantanal registra recorde histórico de queimadas e Hércules deve entrar em ação

Aeronave da FAB vai operar a partir de Campo Grande para despejar até 12 mil litros de água sobre chamas

Jones Mário | 26/07/2020 12:46
Brigadistas do Prevfogo atuam contra incêndios na região pantaneira (Foto: Divulgação/Ibama-MS)
Brigadistas do Prevfogo atuam contra incêndios na região pantaneira (Foto: Divulgação/Ibama-MS)

Monitoramento do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) aponta para 1.322 focos de incêndios florestais no Pantanal na parcial de julho, número recorde para o mês desde o início da série histórica, em 1998. A operação conjunta de combate ao fogo na região de Corumbá prevê o acionamento do Hércules C-130 da FAB (Força Aérea Brasileira) neste domingo (26). A aeronave é capaz de despejar sobre as chamas até 12 mil litros de água por lançamento.

Bombeiros enchem bolsas com água para estratégia de combate ao fogo no Pantanal (Foto: Divulgação)
Bombeiros enchem bolsas com água para estratégia de combate ao fogo no Pantanal (Foto: Divulgação)

Segundo informou a superintendência do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) em Mato Grosso do Sul, a sala de situação montada no 6º Distrito Naval de Ladário definiu, nesta manhã, combater os principais incêndios que provocam fumaça na área urbana de Corumbá e Ladário.

O Prevfogo/Ibama (Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais) atua na região com 27 brigadistas, que hoje, junto com militares do Corpo de Bombeiros, serão deslocados em aeronave até áreas mais próximas das queimadas ativas. Outro avião fará lançamentos de água.

Aeronave modelo Hércules C-130, da Força Aérea Brasileira (Foto: Divulgação/FAB)
Aeronave modelo Hércules C-130, da Força Aérea Brasileira (Foto: Divulgação/FAB)

O Hércules C-130 deve operar a partir de Campo Grande, diferente dos helicópteros Bambi Bucket e Super Cougar, da Marinha, com base em Ladário.

Durante a semana, as frentes de enfrentamento ao fogo minimizaram incêndios na região do Jatobazinho, que ameaçava uma escola; no Posto Avançado da Marinha, em local conhecido como Rabicho; e na Baía do Arrozal, situada na APA (Área de Proteção Ambiental) Baía Negra, onde queimada provocou a interrupção no fornecimento de energia elétrica.

Além do Corpo de Bombeiros de Corumbá, foram mobilizados para combater o fogo na região militares de Aquidauana, Jardim, Maracaju e Ponta Porã Grande, além de 18 brigadistas do Prevfogo/Ibama.



Os Bombeiros de Campo Grande também participam da ação. Segundo o governo do Estado, militares e três viaturas de combate a incêndios foram deslocadas da Capital para Corumbá.

Dados - Conforme acompanhamento do Inpe, 23 focos de incêndio foram identificados ontem (25) em Mato Grosso do Sul. Destes, 21 em Corumbá, que lidera o País em número de queimadas este ano - já são 2.595, quase quatro vezes mais que Poconé (MT), segundo no ranking. Só em julho, o município sul-mato-grossense acumula 822 pontos de fogo.

Com 1.125 focos registrados este mês, Mato Grosso do Sul se aproxima do recorde para a série histórica, de 1.364, detectados em julho de 2005.

Exceção feita ao maior registro, o acumulado para o mês em 2020 já superou os resultados para todos os demais anos da série, iniciada em 1998.

(Infográfico: Programa Queimadas/Inpe)
(Infográfico: Programa Queimadas/Inpe)

No último dia 15, decreto editado pelo governo federal proibiu queimadas de toda ordem no País. A medida é válida até novembro.

No fim da semana passada, o governo de Mato Grosso do Sul declarou situação de emergência em função da crescente de incêndios.

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