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Meio Ambiente

Projeto prevê a recuperação de 6 mil hectares próximos ao Rio Taquari

Imasul planeja plantar 270 mil mudas em pastos degradados até o fim de 2024

Por Gustavo Bonotto | 07/03/2024 22:36
Vista aérea de pasto degradado que irá receber plantio de mudas. (Foto: Reprodução/Imasul)
Vista aérea de pasto degradado que irá receber plantio de mudas. (Foto: Reprodução/Imasul)

Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) vai restaurar cerca de 6 mil hectares de pastagens degradadas situadas entre os municípios de Alcinópolis e Costa Rica por meio do projeto Sementes do Taquari, que planeja plantar 270 mil mudas até o fim do ano.

A ação, anunciada nesta quinta-feira (7), é considerada o maior projeto de restauração e conservação do país, conforme o diretor presidente do instituto, André Borges. No total, 29 voçorocas que comprometem aproximadamente 40 hectares serão recuperadas. Equipes de campo já estão plantando sementes para conter a perda de sedimentos.

O geógrafo Rômulo Louzada explica que as voçorocas são geralmente causadas pela combinação de chuvas intensas, falta de cobertura vegetal e práticas inadequadas de manejo do solo, resultando em um processo de erosão severa que pode levar à degradação do ambiente e à perda de terras férteis.

“Um projeto dessa magnitude presta uma série de serviços ambientais impossíveis de serem avaliados, como o aumento da biodiversidade, a melhora da saúde do solo e recarga dos aquíferos, além de fortalecer as relações institucionais entre o poder público, a iniciativa privada e a sociedade na busca por soluções viáveis para problemas ambientais”, pontuou.

A etapa seguinte consiste no plantio das mudas, o que está sendo feito pela Oreades, custeada pelas empresas Cargil, ATVOS e Adecoagro. “Serão plantadas espécies do Cerrado como ipê, balsamo, angico, aroeira, sendo que 20% são plantas frutíferas para alimentar os animais silvestres, entre elas o baru, pequi, jenipapo, jatobá”, finalizou.

"BBB Animal" - Primeira amostra dos benefícios que o projeto traz à natureza foram registradas em armadilhas fotográficas instaladas na área que está sendo recuperada. Dezenas de espécies foram flagradas transitando pela região, durante o dia e a noite. Entre eles, antas, catetos, lobinhos, tamanduás e até onças.

“Através dessa técnica é possível saber quais animais mamíferos de médio e grande porte vivem na região estudada e quais seus hábitos. Vamos comparar também a presença de fauna em diferentes estágios de restauração e de áreas com e sem intervenção”, salientou a analista de Biodiversidade do Imasul, Bruna Gomes de Oliveira.

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