Quilombolas defendem tuiuiús em 1º dia de combate no Pantanal
Casal está com três ovos e teve toda a área ao redor do ninho queimada por conta dos incêndios florestais
Mais um ninho de tuiuiú no Pantanal, em Corumbá, recebeu uma força-tarefa de brigadistas neste domingo (30). Este é o terceiro que estava em perigo de ser atingido pelo fogo, durante os incêndios florestais no bioma, neste ano.
O casal que fez a ‘casa’ em uma árvore a 37 km da cidade e já tinha três ovos. A ave está em pleno processo de reprodução, que dura cerca de 60 dias. Os filhotes devem começar a voar até o final de 2024.
O combate contou com a ajuda da brigada da comunidade quilombola Kalunga, de Goiás, coordenada pelo Prevfogo, do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais).
Eles chegaram ao Pantanal para reforçar as equipes do governo federal, ontem mesmo, e já cumpriram a missão exterminar o fogo em volta da árvore que abriga a ave símbolo do Pantanal.
O Pantanal enfrenta a maior seca em 70 anos, intensificada pela mudança do clima e por um dos El Niños mais fortes da história. O período de junho de 2023 a maio de 2024 foi o mais quente já registrado no planeta.
Devido à seca histórica, foram registrados 3.451 focos até o dia 27/6, que resultaram em 34 frentes de fogo, principalmente em áreas privadas (85%). Esse número é o recorde de focos de calor para o semestre na série histórica.
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