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Meio Ambiente

Tuiuiú e onça são vistos em meio à fumaça dos incêndios no Pantanal

Grupo de resgate de MS encontrou animais mortos e pegadas sinalizando a fuga

Por Izabela Cavalcanti e Gabriela Couto, enviada especial a Corumbá | 25/06/2024 08:12


Ninho de tuiuiú em cima de uma árvore com os galhos secos, foi avistado por bombeiros em meio à fumaça dos incêndios no Pantanal de Mato Grosso do Sul. Os militares passavam de barco pelo Rio Paraguai quando viram a cena e, agora, fazem o monitoramento.

Além disso, entre os animais monitorados pelas equipes de socorristas está uma família de macacos bugios; e uma onça que estava caminhando em uma área queimada. Também durante vistoria por drone foi avistada uma família de emas se movimentando entre as cinzas em busca de alimentos.

O Gretap (Grupo de Resgate Técnico Animal Cerrado Pantanal) está na região em busca de animais feridos ou debilitados que precisem de atendimento.

Emas avistadas pelo Gretap em meio à fumaça no Pantanal (Foto: Bruno Rezende)
Emas avistadas pelo Gretap em meio à fumaça no Pantanal (Foto: Bruno Rezende)

Chegaram na quinta-feira (20) em Corumbá fazendo um "pente fino" pela Estrada Parque. As equipes de biólogos, veterinários e técnicos do grupo já passaram por várias áreas, incluindo Paraguai-Mirim. Encontraram alguns animais mortos e muitas espécies vivas também como por exemplo, veados, jacarés e aves.

A presença de urubus indicava a possibilidade de carcaças de animais. Também foram registradas muitas pegadas sinalizando a fuga de animais.

Parte da vegetação bem próxima da água ainda resiste às chamas e serve como corredor para os animais buscarem abrigo.

"Realmente o fogo está intenso, mas nas áreas onde foram trabalhados aceiros e coisas do tipo, os animais estão dando conta de fugir. Perto de 2020 não dá nem para se comparar, ao menos por enquanto. O número de animais atingidos de forma direta ainda é bem inferior", detalhou a bióloga e médica veterinária Paula Helena Santa Rita, coordenadora operacional do grupo.

Ela faz uma comparação com quatro anos atrás, quando o Pantanal enfrentou uma das piores temporadas de incêndios da história.

Família de macacos bugios encontrada em meio aos galhos secos no Pantanal (Foto: Divulgação/Rede Social)
Família de macacos bugios encontrada em meio aos galhos secos no Pantanal (Foto: Divulgação/Rede Social)

O Gretap envolve órgãos governamentais, privados e o terceiro setor. Participam dessa ação em parceria com o Governo do Estado, por meio da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) e PMA (Polícia Militar Ambiental), a UCDB (Universidade Católica Dom Bosco), Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente) e o IHP (Instituto Homem Pantaneiro).

"A ação imediata por diversos grupos, tanto o Gretap, quanto bombeiros, brigadistas, pantaneiros, toda essa assistência governamental do Estado sinaliza ao menos uma vontade de não deixar chegar ao que chegou [em 2020]. Independentemente de cor de farda, todos estão com o mesmo propósito", finalizou a coordenadora do grupo de resgate, veterinária Paula Helena Santa Rita.

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