Relator da equipe de transição diz que haverá fiscalização rigorosa no Pantanal
Ecoa enviou documento alertando para necessidade de ações preventivas de combate a incêndios
O relator do grupo de transição do Meio Ambiente, Pedro Ivo Batista, disse que o Pantanal é preocupação nacional e que haverá fiscalização rigorosa em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.
A resposta foi dada à ONG Ecoa (Ecologia em Ação), depois que a entidade enviou documento que ressalta a importância do governo federal em manter o Pantanal na pauta ambiental de 2023. O pedido evidencia a necessidade de ações preventivas de combate a incêndios no bioma. Uma resposta mais efetiva, segundo entidade, deve ser dada a partir da definição do ministério.
Desde 2019, o Pantanal passa por uma crise climática aguda contribuinte para os incêndios devastadores de 2020/21, quando mais de 4 milhões de hectares foram consumidos pelo fogo.
"Atualmente, há possibilidade de repetição dos incêndios, já que a planície se encontra muito seca mesmo agora que é considerado o 'tempo das águas'. Por isso, é fundamental a preparação para evitar que o cenário se repita", segundo a Ecoa.
Nos últimos dias, focos de incêndios se espalharam na região, conforme evidenciado por imagens de satélite do FIRMS (Fire Information for Resource Management System) da Nasa. No momento, brigadas voluntárias e do Prevfogo/Ibama monitoram e fazem o trabalho de combate para contenção do fogo.
Segundo dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), o Pantanal registrou 1.465 focos de incêndio desde o início do ano, 67 somente em dezembro.
O diretor executivo da Ecoa, Alcides Faria, reforça a necessidade de se manter o alerta para riscos de incêndios. “Atualmente, o Pantanal está muito seco, tivemos pouca chuva até agora. Então temos uma situação de alerta total".