ONG envia documento sobre o Pantanal para grupo de transição de Lula

A ONG sul-mato-grossense Ecoa (Ecologia e Ação) enviou ao grupo de transição do presidente Lula (PT) um documento que ressalta a importância do Governo Federal em manter o bioma pantaneiro na pauta ambiental em 2023. O pedido evidencia a necessidade de ações preventivas quanto aos incêndios no Pantanal logo no início do governo.

De acordo com a Ecoa, desde 2019 o Pantanal passa por uma crise climática que contribuiu com os incêndios dos últimos anos, causando a destruição de mais de 4 milhões de hectares de vegetação nativa.

"Atualmente, há possibilidade de repetição dos incêndios, já que a planície se encontra muito seca mesmo agora que é considerado o 'tempo das águas'. Por isso, é fundamental a preparação para evitar que o cenário se repita", disse.

Temendo que o cenário se repita, a Organização Não Governamental reforçou que deseja que o grupo trabalhe, além dos fatores climáticos, na identificação dos recursos previstos para o combate a incêndios em 2023; que realize estudos sobre os estímulos feitos pelo governo de Jair Bolsonaro (PL), a respeito da existência real de planos de combate a incêndios específicos para o Cerrado, Pantanal e Amazônia.

Dentre os pedidos também estão o debate e elaboração de um novo Plano Emergencial, que deve ser implementado logo após a posse e a inclusão da sociedade civil para contribuir no processo.

A Ecoa participa de várias articulações ambientais, incluindo a Rede Clima e a Rede Pantanal, e trabalha com organizações como o WWF (World Wide Fund for Nature) para o desenvolvimento de Brigadas Voluntárias de Combate a Incêndios no Pantanal.

A ONG almeja a criação de uma Rede de Brigadas Voluntárias sob a supervisão do Prevfogo (Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais), gerenciada pelo IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais).

Acesse ao documento aqui. Ecoa - Pedido ao grupo de tansição de Lula.pdf