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Meio Ambiente

Rio Paraguai sobe e cheia pode de ser uma das maiores já registradas

Mariana Lopes | 08/05/2014 16:41
Região ribeirinha está alagada (Foto: Divulgação/Ecoa)
Região ribeirinha está alagada (Foto: Divulgação/Ecoa)

O rio Paraguai atingiu o nível de 6,25 metros e ultrapassou o recorde da cheia de 2011, quando alcançou 6,23 na região do Amolar, em Mato Grosso do Sul. A situação é preocupante em toda a região, que está em estado de alerta por causa de possíveis inundações.

O alto nível do rio atingiu diretamente as famílias ribeirinhas que vivem na região e também algumas cidades às margens do rio, onde o nível da água é alarmante. De acordo com o controle da Marinha do Brasil, em Ladário a marca está 1,92 acima do nível do rio. Em Forte Coimbra está 1,06 metros acima. E em Porto Murtinho, a marca é de 1,30.

Conforme informações divulgadas pela Embrapa Pantanal, em junho, o nível de água do rio Paraguai deve alcançar 5 metros em Ladário. Isso porque a cheia no do rio Paraguai no Mato Grosso provocou inundações que está avançando todo o Pantanal.

Mesmo sendo alertadas desde março, várias famílias estão fora de suas casas e acampadas em elevações na região, segundo a ONG Ecoa (Ecologia e Ação). A população ribeirinha recebeu ajuda de mais de mil palanques de madeira doados pela Receita Federal e que devem ser usados para construção de palafitas.

Após uma reunião entre moradores da comunidade e a prefeitura de Corumbá, realizada no fim do mês de abril, a Defesa Civil e a Marinha foram enviadas às comunidades para auxiliar as populações pantaneiras.

Para a Ecoa, os sistemas existentes para captação de dados, análise e diagnósticos sobre o clima no Pantanal e os desenvolvimentos de processos correspondentes são limitados e ineficientes.

A ONG destaca como exemplo o Serviço de Sinalização Náutica do Oeste utilizado pela Marinha do Brasil, com atualização diária e gráficos de anos anteriores de 5 pontos do rio Paraguai e um do Cuiabá.

“É fundamental a estruturação de um sistema de comunicação conectado “ao dia” e em escala “local” com os setores da economia dependentes das condições climáticas (pecuária e turismo), com as comunidades mais vulneráveis e a população em geral. Isto vale não somente para tempos de “água”, mas para os de seca, quando as possibilidades incêndios se multiplicam”, pontua a Ecoa em nota.

Por fim, a organização ainda ressalta que os municípios devem estruturar-se para responder de imediato as situações como a vivida pelas comunidades na Serra do Amolar.

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