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Fisioterapia também é para pet e alivia dores de doenças crônicas

Tratamento trabalha a qualidade de vida dos animais com problemas ortopédicos ou neurológicos

Por Idaicy Solano | 23/01/2025 07:36

A fisioterapia veterinária é uma aliada essencial na qualidade de vida dos animais, principalmente nos que sofrem com problemas ortopédicos e neurológicos. O tratamento promove o fortalecimento muscular, melhora a mobilidade, auxilia na reabilitação pós-cirúrgica e ainda ajuda no alívio de sintomas de doenças crônicas.

O acompanhamento é fundamental para tratar, por exemplo, fraturas, artrose (degeneração de articulação) e traumas que possam causar a perda da função de algum membro ou perda da capacidade de locomoção.

A médica veterinária especializada em fisioterapia veterinária, Priscila Medina Farinha, de 28 anos, explica que o objetivo do tratamento é fazer com que os animais tenham mais independência, consigam se movimentar, além de sentirem menos dor.

“A gente trabalha bastante tentando tirar dores, dores articulares, dores de coluna, dores musculares. Então a gente restaura a mobilidade, a qualidade de vida desses pacientes”, destaca.

Segundo a profissional, a fisioterapia veterinária pode ser feita com qualquer tipo de animal, desde os de grande porte, como cavalos e bois, até animais exóticos, como pássaros, coelhos, porquinhos da índia, ratos e répteis. Referente aos animais de estimação, a veterinária destaca que vem crescendo a procura por atendimento para cães e gatos.

Quando a fisioterapia é indicada para pets? 

O tratamento é indicado quando uma articulação é acometida ou o pet sofre uma degeneração articular, como a ruptura de ligamento do joelho, luxação de patela, fraturas de alguns ossos, trauma automobilístico ou quedas.

Pacientes com casos neurológicos, onde o animal teve algum tipo de lesão na coluna ou compressão, a fisioterapia também pode ajudar na recuperação de funções dos membros.

“Em alguns casos de lesão encefálica, a gente consegue muitas vezes fazer a recuperação do paciente, assim como é feito no humano. Casos de pacientes que estão acamados, que não se movimentam ou tem algum tipo de perda de mobilidade, a fisioterapia não só ajuda a tentar recuperar essa mobilidade, mas também ajuda a não deixar o paciente ficar muito parado”, explica.

Além disso, a fisioterapia também pode ajudar os animais de estimação com predisposição a desenvolver um problema articular ou ortopédico, a prevenir que essas complicações aconteçam, através de exercícios para o fortalecimento muscular.

Quais os principais tratamentos? 

Priscila explica que um dos exemplos de tratamento é a massagem, que trabalha a parte muscular do animal e ajuda a aliviar as tensões e a mobilização articular, onde é trabalhada a mobilidade da articulação.

Também é comum a laserterapia, magnetoterapia, eletroterapia e ultrassom terapêutico, que são aparelhos utilizados para tratamento na parte de analgesia, com efeito anti-inflamatório, analgésico e estimulação muscular,

“São aparelhos que utilizam a luz, a estimulação elétrica e a estimulação eletromagnética através de ondas de baixa intensidade. Então a gente utiliza vários tipos de aparelhos na fisioterapia também, com esses efeitos de estimulação muscular, analgésica, efeito anti-inflamatório, estimulação de tecidos, regeneração”, explica Priscila.

A médica veterinária destaca que os exercícios também são uma parte muito importante da fisioterapia, pois podem ajudar a recuperar a mobilidade do animal, o fortalecimento muscular, o ganho de massa muscular e a recuperação de funções dos membros do animal.

“Tem também a hidroterapia, que são os exercícios dentro da água. Hoje em dia já existem as esteiras aquáticas, em que o animal caminha nessa esteira embaixo da água. Isso ajuda bastante em todas essas funções que a gente quer trabalhar”, acrescenta.

Tratamento de doenças crônicas 

O tratamento também pode ser um bom aliado no alívio para pets com doenças crônicas, principalmente a artrose, que é uma das condições mais trabalhadas dentro da fisioterapia veterinária.

Priscila explica que a artrose afeta bastante a qualidade de vida do pet, porque causa bastante dor e perda da mobilidade por conta da degeneração. Nesses casos, a fisioterapia atua como uma arma para aliviar a dor e para prevenir que a doença continue a evoluir e se espalhar para outros locais.

"A degeneração, uma vez que ela está instalada, ela não volta a ser uma articulação totalmente saudável, mas a gente consegue parar essa degeneração para que ela não evolua. A fisioterapia entra para tentar recuperar um pouco a mobilidade e para fortalecimento muscular também, porque o músculo é uma das principais estruturas do corpo", destaca.

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