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Há quase 1 mês, designer tenta, em vão, ver cachorra de rua ser resgatada

Além de procurar o CCZ, Oneide já recorreu a grupos no Facebook, mas ninguém ajuda no resgate

Por Jéssica Fernandes | 27/12/2024 17:20
Cachorra vive abandonada na Avenida das Mansões, no Bairro Buriti. (Foto: Direto das Ruas)
Cachorra vive abandonada na Avenida das Mansões, no Bairro Buriti. (Foto: Direto das Ruas)

Desde o começo de dezembro, Oneide Fernandes, de 61 anos, tem tentado ajudar no resgate de uma cachorra de rua, mas seus esforços têm sido em vão. A designer de interiores diz que já tentou acionar o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), porém nunca consegue retorno. Nesta sexta-feira (27), ela procurou a reportagem na expectativa de que a cachorra fosse resgatada.

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Uma cachorra vira-lata, com um tumor e em estado crítico, está abandonada na Avenida das Mansões, em Campo Grande. Oneide Fernandes, uma designer de interiores desempregada, tenta resgatá-la desde dezembro, mas sem sucesso. Apesar de ter acionado o CCZ e ONGs, não obteve ajuda, e seus recursos financeiros são limitados após um resgate anterior que resultou em dívidas. A situação demonstra a falta de apoio público e a indiferença da população frente ao abandono animal.

“Eu to desde o início do mês de dezembro postando no Facebook. Mandei pro CCZ, liguei, mas fica na chamada de espera e não atendem”, explica. Além do telefone, ela diz ter procurado a Sesau através do endereço de e-mail. “Eu me pergunto onde se encontra o poder público para dar suporte a tantos animais abandonados”, desabafa.

Por não ter carro próprio e no momento estar sem emprego, Oneide relata que não consegue fazer o resgate e o encaminhamento para uma clínica veterinária. Além de procurar o CCZ, ela também foi atrás de uma ONG (Organização Não Governamental) que cuida de animais. “Disseram que não tinham como atender”, fala.

Cachorra está com um tumor entre as patas traseiras. (Foto: Direto das Ruas)
Cachorra está com um tumor entre as patas traseiras. (Foto: Direto das Ruas)

A cachorra vira-lata de pelagem preta vive na Avenida das Mansões, na altura da Rua Armando Capriata e na Rua Alberto Jissum Minei, no Bairro Buriti. Oneide já conversou com alguns comerciantes que disseram oferecer comida para a cachorra.

“Esta cachorrinha está magérrima, cheia de carrapatos, com um tumor enorme entre as patas traseiras. Hoje novamente a encontrei deitada ao longo da calçada na Avenida das Mansões”, afirma.

Em outras ocasiões, a designer de interiores já resgatou outros três animais, conseguindo adoção responsável de um deles. O último resgate que fez rendeu uma dívida na clínica veterinária.

“Eu já resgatei cachorros de rua, a última que resgatei foi feita a cirurgia, mas faleceu na clínica mesmo. Além de eu ter feito esse negócio desempregada, fiquei com dívida de R$ 3 mil. Não tem como pegar essa cachorrinha, não sei mais o que fazer”, ressalta.

Por não ter carro, Oneide já tentou viabilizar um veículo para que fosse feito o resgate. A ideia não deu resultado, pois ninguém se interessou em colocar a cachorra dentro do veículo mesmo com a alternativa de forrar o banco do carro.  “As pessoas estão com um descaso tão grande com a vida e não importa se é humana ou animal”, conclui.

A reportagem procurou a Sesau sobre o caso na tarde desta quinta-feira (27). A secretaria que responde pelo CCZ não deu nenhum retorno até o fechamento dessa matéria. O espaço segue aberto.

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