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Reportagens Especiais

Fogo no Pantanal, escândalos e inflação são notícias mais lembradas por leitores

Reportagem foi recuperar a memória nas ruas sobre o que mais chamou atenção das pessoas em 2024

Por Gabi Cenciarelli | 28/12/2024 07:15
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade
Rodrigo, Luciene e Altamiro apontaram fatos que vão fazer 2024 ficar na memória. (Fotos: Henrique Kawaminami)
Rodrigo, Luciene e Altamiro apontaram fatos que vão fazer 2024 ficar na memória. (Fotos: Henrique Kawaminami)

O ano de 2024 teve eleições, muita movimentação política no país todo, mas nada vai ficar tão forte na memória como alguns escândalos e, principalmente, as cenas do Pantanal pegando fogo.

Pensando nas marcas deixadas nos últimos 12 meses, o Campo Grande News perguntou a jornalistas populares no Estado e ao campo-grandense qual foi a notícia que mais chamou atenção durante este ano.

Pelas ruas, fica na memória da população o que teima em não sair do noticiário, como violência e corrupção. Mas há uma novidade em 2024: a disparada do dólar nas últimas semanas.

A diarista Luciene Coquemala, de 53 anos, diz que o que mais fica desse ano é a operação que afastou 5 desembargadores de uma só vez em Mato Grosso do Sul. "Choca porque são as pessoas que julgam as outras, né? São pessoas que julgam as outras pessoas, e são as pessoas que mais fizeram errado, né?".

Além dela, Altamiro de Souza, construtor de 68 anos, conta que também não vai esquecer desse escândalo. "O que me chamou mais atenção foi o problema de corrupção do pessoal do Tribunal de Justiça, né? Os desembargadores, eles que seriam os responsáveis pela cuidar do País e tal, né? Fazer uma coisa dessas", justifica ele.

Rodrigo César, 32, conta que não acompanha muito os noticiários, mas, mesmo assim, não teve como não pesquisar sobre o assassinato da menina Sophia. "Teve o juri da Sophia, esse caso aí foi um caso bem feio, né? Um caso que a gente fica assustado, né, porque umas coisas que acontecem, costumava acontecer direto, né, mas quando acontece, surpreende a gente".

Já para a Yolanda Pereira, cabeleireira de 60 anos, o aumento na hora de ir ao supermercado é o drama de 2024. "Sem dúvida nenhuma, o que mais choca é a inflação, né? Subiu o preço de tudo, do dólar, da comida, de tudo".

Rodrigão apresentando Cidade Alerta, da TVMS Record (Foto: Divulgação)
Rodrigão apresentando Cidade Alerta, da TVMS Record (Foto: Divulgação)

Para Rodrigo Nascimento, o Rodrigão, apresentador de diversos programas populares na TVMS Record, as marcas que ficam são os feminicídios que ocorreram no Estado.

"Me impressionei com a frieza, com a barbárie e com a monstruosidade do ser humano. Então, toda vez que a gente noticiava o caso do homicídio, a gente noticiava o grito de uma mulher, a dor de uma mulher e são as 31 mulheres mortas no ano de 2024. Não tem como você mensurar, escolher uma, porque todas as histórias são cheias de dores, cheias de um pedido por socorro, mas eu acho que cabe nós, da imprensa, como apresentador, sempre orientar e sempre falar para a mulher que ela é uma vítima, que ela precisa falar, que ela sempre vai ser acolhida, que ela não está sozinha e todos nós precisamos denunciar, e aquela velha história, violência contra a mulher é crime, e briga de marido e mulher se mete a colher, sim, viu?", relata o apresentador.

Apresentador Tata Marques em suas redes sociais (Foto: Divulgação)
Apresentador Tata Marques em suas redes sociais (Foto: Divulgação)

Em conversa com outra personalidade da TV sul-mato-grossense, o apresentador do "Povo na TV", Tata Marques, diz que o tema que mais chocou no ano foi o impacto das queimadas no Pantanal.

"A que causou muita aflição, até porque a gente pode sentir isso muito forte na pele, literalmente, foi a seca fora do comum, numa proporção nunca antes vista, que inclusive cooperou para que os incêndios no Pantanal pudessem chegar num patamar também de grande mobilização, não só estadual, mas nacional. Esse bioma, ele não é importante só para Mato Grosso do Sul, mas para o planeta todo. Então, eu imagino que a notícia regional mais relevante na minha avaliação e que me impactou muito, foi essa seca fora do normal e os incêndios no Pantanal".

"Isso nos faz refletir sobre o que fazer e como cooperar para que o meio ambiente possa se estabilizar, para que a gente possa ter qualidade de vida no futuro, mantendo uma sustentabilidade adequada para a nossa espécie, inclusive o Estado caminha aí, para um ideal de carbono zero em 2030, eu acho que isso é uma demonstração clara de que a gente pode se mobilizar para fazer isso acontecer e até servir de exemplo para outros estados e para outros países", explica o apresentador.

Natálio Abrahão dando aula em universidade (Foto: Aquivo)
Natálio Abrahão dando aula em universidade (Foto: Aquivo)

A mesma opinião tem o meteorologista mais conhecido da Capital. Para Natálio Abrahão, o nosso "homem do tempo", nada também superou mais uma tragédia no Pantanal. Mato Grosso do Sul registrou a maior área queimada do Brasil em junho de 2024 (369 mil hectares). Mais de 80% das queimadas no Estado foram no município de Corumbá, com cerca de 300 mil hectares queimados.

"Entre todos os biomas, Mato Grosso do Sul foi o terceiro estado com maior área afetada pelo fogo. - Este ano houve, também, a maior enchente da história no sul do Brasil, quando o estado do RS teve os volumes de chuvas históricos em valores diários. Isto afetou a população e a economia geral. Prejuízos incalculáveis. Esses são os dois fatos que considero com relevantes em termo de clima, cujas consequências ainda serão sentidas este ano naquelas regiões do MS. Ainda se esperam eventos meteorológicos significativos nos meses de abril a julho deste ano no oeste do estado que ainda irão exigir dos governos muita atenção", relata Natálio.

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