“Não tem vaga cativa”, afirma Reinaldo sobre formação de chapa do PSDB
Ele afirma que, mesmo com nomes do partido se colocando na disputa por vaga ao Senado, nem mesmo o governador está garantido na chapa majoritária
Ao mesmo tempo em que exaltou as qualidades dos pré-candidatos do PSDB que tentam se garantir na disputa eleitoral de 2018, o governador Reinaldo Azambuja advertiu que não há vaga certa na chapa majoritária –incluindo ele próprio, pré-candidato à reeleição. Segundo ele, a composição de alianças com outros partidos poderá influenciar na escalação dos candidatos tucanos.
Em entrevista após o ato de posse de Helianey Paulo da Silva como secretário de Estado de Infraestrutura, Reinaldo destacou o trabalho feito na pasta por Marcelo Miglioli –que deixou o cargo para tentar viabilizar a candidatura a senador pelo PSDB. “Ele fez um excelente trabalho organizando a infraestrutura do Estado, com um resultado extremamente positivo”, destacou o governador, reforçando que o ex-assessor, agora, “se desliga da secretaria para galgar com o partido a possibilidade de disputa majoritária”.
O governador lembrou que, depois da desistência do secretário Eduardo Riedel (Governo) de disputar a eleição, Miglioli e o deputado federal Geraldo Resende mantiveram a disposição de disputar a vaga de senador na chapa tucana. “Será uma construção coletiva com partido e aliados”, disse Reinaldo, lembrando que a chapa majoritária terá duas vagas de candidatos a senador, uma de vice e a do aspirante ao governo.
Nesse sentido, ele advertiu que “política é construção”. “Vamos construir a viabilidade das alianças. Nem o governador tem vaga cativa. Ninguém tem vaga cativa. Ela é conquistada, trazendo aliados e compondo posições. O Marcelo sai para pleitear uma das vagas, o que vai depender da força política, trabalho e organização que fará, como o Geraldo está fazendo”.
Ainda segundo Reinaldo, outro ponto que poderá influenciar a formação das chapas são as alianças nacionais –em torno das candidaturas presidenciais.
Dissidências – Reinaldo Azambuja também avaliou que a saída de quadros do PSDB, algumas já confirmados e outras com possibilidade de ocorrer até 7 de abril, quando será fechada a janela partidária (que permite a troca de partido sem que políticos percam os mandatos parlamentares), não significa necessariamente a perda de aliados no processo eleitoral. Segundo ele, os partidos escolhidos pelos dissidentes podem optar por uma aliança com o PSDB.
“Ninguém sabe ainda como o partido vai compor a chapa majoritária ou proporcional. É muito prematuro dizer que ‘A’ perdeu e ‘B’ ganhou”, declarou o governador. Ele citou o caso do deputado federal Elizeu Dionizio, que trocou o PSDB pelo PSB –em entrevistas, ele havia anunciado que tomou tal decisão por entender que o ninho tucano tinha muitos candidatos em condições de se eleger, tornando mais complicado seu projeto de conquistar um novo mandato.
“Quem garante que o PSB não estará em nossa coligação? É prematuro dizer que houve ganhos e perdas. Há um inchaço de bons nomes em nossas chapas, mas teremos outras para compor com os partidos aliados”, explicou o governador. “Conhecendo como conheço o PSDB e os quadros que temos, todos terão maturidade de entender quem deve ter presença na majoritária e na proporcional e defender o legado do partido”.