"Um partido com ministro não pode ficar sem candidato ao governo", diz Marun
Para o novo ministro do Temer seu cargo tem importância na disputa eleitoral de 2018
O comentário poderia muito bem ser acompanhado de uma dancinha e improviso de paródia da música “Tudo está no seu lugar”, de Benito de Paula. Na avaliação do ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (MDB), sua nova função tem, sim, importância na disputa eleitoral para o governo de Mato Grosso do Sul e, especificamente, no já esperado anúncio de André Puccinelli (MDB) de tentar retornar ao cargo que ocupou de 2007 a 2014. É como se tudo estivesse em seu devido lugar.
Para Marun, um partido com ministro não poderia deixar de ter candidato para a disputa do governo. “Um partido que tem dois senadores, um ministro, seis deputados estaduais, dificilmente poderia ficar sem disputar essas eleições”, comentou Marun, durante agenda na Prefeitura de Campo Grande na manhã desta sexta-feira (dia 22).
Marun, um dos principais nomes da tropa de choque do presidente Michel Temer, deu indicativos de que tem peso político no cenário que se desenha para 2018. “Dei minha opinião sobre a candidatura de André”, afirmou.
“Chegou o momento para nos posicionarmos até para começar a trabalhar na discussão disso, como elaboração de plano de governo, busca de apoios”, acrescentou, referindo-se às articulações, das quais resultaram o anúncio de Puccinelli como o nome do agora MDB.
A avaliação de Marun de que era "o momento do partido se posicionar" remete ao samba de Benito de Paula "Tudo está em seu lugar". A música foi parodiada pelo agora ministro de Temer em comemoração à votação da Câmara que salvou o chefe do Executivo federal de denúncia de formação de quadrilha e obstrução da Justiça. Um dos que menos gostaram da dancinha e da paródia foi o cantor carioca.
Apoio – Apesar de sua proximidade com Temer, Marun não assegura que Puccinelli terá no palanque o presidente. “Teremos uma candidatura do governo, que pode ser com Temer, mas também existem outros companheiros que estão se posicionando e são candidaturas que merecm nosso respeito”, justificou o ministro em menção a candidados de outros estados, como Geraldo Alckmin (PSDB/SP), Rodrigo Maia (DEM/RJ) e o ministro Henrique Meirelles (PSD/SP).
Investigação – Carlos Marun também falou sobre o papel que representam as operações das Polícia Federal na candidatura de André Pucinelli. “Existe abalo politico, abalo pessoal, o que não existe é prova”, enfatitzou.
E argumentou: “André não foi nem denunciado nem processado. Além disso, a decisão de segunda instância demonstrou que aquela medida [da prisão] foi completamente abusiva. Tanto que o desembargador optou por trabalhar num feriado e conceder a liminar que resultou na soltura do André. A importância que ele deu ao caso foi do tamanho da injustiça sofrida por Puccinelli.”
Anúncio – Presidente estadual do MDB, André Puccinelli anunciou na manhã desta sexta-feira que será canditato a governador de Mato Grosso do Sul. O comunicado foi feito depois de reunião do partido, que contou a presença, além de Marunm dos senadores WaldemirMoka e Simone Tebet e dos deputados estaduais Eduardo Rocha, Paulo Siuffi, Antonieta Amorim, Renato Câmara e Márcio Fernandes.