"União empurra responsabilidade pela fronteira para os estados”, diz Reinaldo
Governador reforçou cobrança e descontentamento com a falta de ajuda do governo federal
“No Brasil, o governo federal empurra a responsabilidade para os estados”, afirma o governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), sobre a segurança na região de fronteira. Em Mato Grosso do Sul, as cidades fronteiriças com Paraguai e Bolívia têm apenas a presença de forças policiais do Estado.
Nesta terça-feira (25), em entrevista para a FM UCDB, Reinaldo reforçou a cobrança que tem feito. “Cadê as forças federais? Se você viajar pelo mundo vai ver que são as forças federais que cuidam das regiões de fronteira. Aqui, eles empurram a responsabilidade para os estados”.
Segundo o governador, o ministro da Defesa, Alexandre Moraes, havia prometido uma central de monitoramento da fronteira, que seria instalada em Campo Grande, além da presença de 1 mil policiais das forças federais, o que não ocorreu até agora.
“Paciência tem limite. Precisa se mexer. Não adianta as forças estaduais, que fazem um excelente trabalho, mas sozinhos não conseguimos”, reclamou.
A região de fronteira em Mato Grosso do Sul é, atualmente, cuidada pelas polícias Militar e Civil, além da PRE (Polícia Rodoviária Federal) e PF (Polícia Federal), cujos efetivos destas últimas duas polícias é baixo, ainda de acordo com Reinaldo. “Se tirá-las, teremos uma fronteira aberta. Não há interesse do governo em apoiar estas ações”.
A ausência de forças federias e apoio da União tem gerado reclamações constantes do governador, que, em ocasião anterior, afirmou que não descarta acionar à Justiça, para conseguir ajuda federal.