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Política

ACM Neto manda Tereza Cristina ficar no União Brasil e PSDB terá dois palanques

Ministra da Agricultura já pediu agenda com a sendora Soraya Thronicke (PSL), que coordena fusão no Estado

Gabriela Couto | 05/12/2021 08:33
Ao lado do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, deputada federal do DEM licenciada é pré-candidata ao senado pela chapa tucana. (Foto: Marcos Maluf)
Ao lado do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, deputada federal do DEM licenciada é pré-candidata ao senado pela chapa tucana. (Foto: Marcos Maluf)

As nuvens da política começaram a se abrir nos últimos dias e dão mais clareza do cenário para as eleições do ano que vem, nesta reta final de 2021. Prova disso, é que a ministra da Agricultura,Tereza Cristina, pediu agenda com a senadora Soraya Thronicke (PSL) para tratar da fusão com o DEM em Mato Grosso do Sul. As duas líderes políticas definem o futuro do União Brasil no Estado.

Aliada de primeira hora do presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PL), Tereza Cristina deve tentar o consenso para ficar no União Brasil. Ela pode se tornar uma estranha no ninho, já que a orientação do lado do lado PSL é lançar candidatura própria no Estado e ter candidatura nacional para presidência, que será oposição a reeleição do atual mandatário.

Secretário especial do Escritório de Assuntos Estratégicos com os Municípios da Casa Civil, Marco Santullo. (Foto: Marcos Maluf)
Secretário especial do Escritório de Assuntos Estratégicos com os Municípios da Casa Civil, Marco Santullo. (Foto: Marcos Maluf)

O secretário especial do Escritório de Assuntos Estratégicos com os Municípios da Casa Civil, Marco Santullo, que é secretário do DEM e braço direito da ministra, afirmou que ela vai ficar no União Brasil. "Nós somos do União Brasil, estamos no União Brasil e vamos continuar no União Brasil. A princípio a ministra Tereza conversou com o presidente ACM Neto e nós vamos continuar no União", afirmou Santullo.

Cerimônia de posse de novos secretários na última sexta-feira (03) com registro do pré-candidato a governo do PSDB, secretário de Estado de Infraestrutura, Eduardo Riedel, secretário especial da Casa Civil, Marco Santullo, governador Reinaldo Azambuja e a ministra da Agricultura, Tereza Cristina. (Foto: Marcos Maluf)
Cerimônia de posse de novos secretários na última sexta-feira (03) com registro do pré-candidato a governo do PSDB, secretário de Estado de Infraestrutura, Eduardo Riedel, secretário especial da Casa Civil, Marco Santullo, governador Reinaldo Azambuja e a ministra da Agricultura, Tereza Cristina. (Foto: Marcos Maluf)

A orientação de cima para baixo deve dividir o palanque do PSDB e do União Brasil no ano que vem. "Nós temos um partido consolidado no Estado. São 16 prefeitos, 16 vice-prefeitos e 152 vereadores. A base parlamentar da ministra é aqui. Isso não quer dizer que vai ficar contra o presidente Jair Bolsonaro. Jamais, porque não é nem o estilo dela isso", garantiu.

A senadora Soraya também recebeu orientação do presidente do PSL, Luciano Bivar. Ele quer que ela comande o partido no Estado e lance Rose Modesto (PSDB) na corrida pela sucessão estadual. Com projetos distintos, a situação só será definida após o encontro da ministra com a senadora. Soraya está com viagem programada para esta semana e as duas devem se reunir na próxima semana.

Vale lembrar que tudo sinaliza para Tereza Cristina ser a candidata a senadora da chapa do PSDB, no Estado. Ao lado do secretário de Estado de Infraestrutura, Eduardo Riedel (PSDB), a chapa só não está completa por falta do nome a vice-governador (a) que deve ser definido no ano que vem.

Sem novidade - Não é novidade que os tucanos dividam o palanque no Estado. Desde que o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) se elegeu em 2014, o partido tem mostrado imensa habilidade na articulação política.

De lá para cá abocanhou prefeituras de mais da metade do Estado. Fez alianças emblemáticas e conseguiu se consolidar no poder. No comando das conversas está o secretário da Casa Civil, Sérgio de Paula, que também preside o diretório regional da sigla.

O partido tem adotado a liberação dos seus correligionários para apoiar a candidatura que deseja desde 2018. "Não é novidade dividir palanque no Estado. Nas eleições passadas já fizemos isso e deu certo", afirmou de Paula.

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