Aliados do MDB ameaçam debandada após nova troca de candidato
Grupo formado por PR, PTC, PHS, PRTB, PSDC e PRP estuda até lançar outro candidato ao governo
Com a segunda desistência do MDB para o governo estadual, os partidos aliados que estão juntos nesta coligação avaliam a saída da chapa e até a possibilidade de lançar um novo candidato para disputa estadual, que seja escolhido de forma consensual pelo grupo. Os representantes das legendas se disseram surpresos com a saída da senadora Simone Tebet (MDB) do páreo.
Estão neste grupo de aliados o PR, PTC, PHS, PRTB, PSDC e PRP. Eles já começaram se articular nos bastidores para tomar uma decisão própria sobre a eleição. “Vamos aguardar a posição oficial do MDB, mas estas mudanças de última hora atrapalham muito, podemos sim colocar um candidato do grupo, eu inclusive coloco nome à disposição”, disse César Gazolla, presidente do PTC.
Ele ponderou que não descarta apoio ao procurador licenciado Sérgio Harfouche (PSC), mas diz que o momento é de avaliação entre as legendas. “Temos que pensar o que é viável do ponto de vista eleitoral, que tenha densidade com a população e seja bom para as legendas”, explicou Gazzola.
O grupo de aliados inclusive já entrou em contato com possíveis opções para o governo, entre eles o Coronel Alírio Villasanti Romero (PHS), que é pré-candidato a deputado estadual. “Entraram em contato comigo ontem (12) dizendo sobre a possibilidade (candidato ao governo) e disse que estou à disposição do partido”.
Villasanti disse que o grupo deve se reunir em breve para avaliar a situação. “Se tiver consenso não vejo porque não termos nosso candidato próprio. Não entendi até agora a saída da Simone (Tebet), estava tão determinada na convenção. Para mim foi uma surpresa”.
Debandada – Caso os aliados do MDB deixem a coligação, será a segunda debandada dentro da chapa, antes do início da campanha eleitoral. Depois da prisão de André Puccinelli (MDB), que culminou na sua saída da disputa o governo, o grupo que tinha mais de 10 partidos, teve a saída do PMN, PEN e Avante, que seguiram para o ninho tucano.
Outra baixa foi o DEM que naquele momento estava em conversa tanto com o MDB, como com os tucanos, mas que devido este impasse, preferiu indicar o vice do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), o ex-prefeito Murilo Zauith (DEM).
O presidente municipal do MDB, Ulisses Rocha, reconheceu que esta segunda mudança na “cabeça de chapa” do partido pode provocar “novas saídas” dos aliados, e que novo candidato ao governo pode ser Harfouche (candidato a vice), ou até outro quadro do próprio partido.