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Política

Ao Gaeco, Andreia Olarte diz que imóvel de luxo era presente para filho

Casal Olarte está preso desde segunda-feira (15) por suspeita de lavagem de dinheiro

Mayara Bueno | 19/08/2016 12:12
Andreia saindo da sede do Gaeco, após prestar depoimento. (Foto: Fernando Antunes)
Andreia saindo da sede do Gaeco, após prestar depoimento. (Foto: Fernando Antunes)
Advogado da ex-primeira-dama, Jail Azambuja. (Foto: Fernando Antunes)
Advogado da ex-primeira-dama, Jail Azambuja. (Foto: Fernando Antunes)

Em 45 minutos de depoimento no Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), a ex-primeira-dama, Andreia Olarte, negou todas as acusações contra ela, respondeu aos questionamentos e afirmou que os imóveis adquiridos por ela e pelo prefeito afastado, Gilmar Olarte (Pros), foram comprados em parcelas, entre 2005 e 2008.

Uma casa de luxo no valor de R$ 600 mil, no Vila Dama, teria sido presente para o filho dela, que casou ano passado. "Eles adquiriram para que, quando o filho casasse, pudesse morar lá", explicou o advogado de defesa, Jail Azambuja.

Andreia chegou por volta das 8h20, nesta sexta-feira (19) e saiu às 10h35 para voltar à prisão. “Ela esclareceu alguns questionamentos do Ministério Público. Fez questão de dizer que todos os imóveis adquiridos por eles constam no imposto de renda e que foram todos feitos em parcelas”.

Gilmar Olarte e a esposa foram presos na segunda-feira (15), em desdobramento da Operação Pecúnia, que investiga crime de lavagem de dinheiro, associação criminosa e falsidade ideológica. A apuração apontou que o casal comprou imóveis de alto padrão, que seriam incompatíveis com a renda deles. “E foram comprados entre 2005 e 2008, fora do período em que o Olarte foi vice ou prefeito”.

A defesa negou que os imóveis do casal chegue aos R$ 3,6 milhões. No procedimento investigatório criminal, o MPE (Ministério Público Estadual) aponta que a apuração começou após recebimento de informações preliminares de que Andreia Olarte teria adquirido diversos imóveis entre 2014 e 2015, com pagamentos iniciais de elevadas quantias, por meio de moeda corrente, transferências eletrônicas e depósitos em tese incompatíveis com a renda. “Os que eles adquiriram não chegam a este valor”.

Nesta sexta-feira, o filho de Andreia, também foi ouvido pelos promotores como testemunha. Segundo Azambuja, o depoimento dele durou cinco minutos e ocorreu por ele ter feito o esboço de um projeto de construção do imóvel adquirido por eles. “Ele (filho) fez o esboço na condição de acadêmico de Arquitetura, não tendo ele nenhum conhecimento sobre a propriedade ou outras coisas”.

Se não houver novo pedido de prisão, o casal deixa a cadeia a meia-noite de sábado (20).

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