Após 20 anos entre os quadros do MDB, Carla Stephanini se filia ao PSD
Subsecretária da Mulher de Campo Grande afirma tomar decisão a convite do atual prefeito, a quem deseja apoiar em 2020
A atual subsecretária de Políticas Públicas para a Mulher de Campo Grande, Carla Charbel Stephanini, anunciou sua saída do MDB e já integra as fileiras do PSD, integrando no partido a convite do prefeito Marquinhos Trad. A mudança de endereço partidário, segundo ela, ocorre para manter o apoio político ao atual mandatário –que disputará a reeleição em 2020–, e encerra uma passagem de 20 anos pela sua antiga legenda.
Pelo MDB, Carla foi subsecretária municipal da Mulher na gestão do ex-prefeito Nelsinho Trad (também no PSD) e respondeu pelo mesmo cargo no governo estadual, durante a administração do ex-governador André Puccinelli. Também foi vereadora e deputada federal (exercendo o cargo no início deste ano, em mandato “tampão” entre janeiro e fevereiro). Ela também comandava o MDB Mulher –no Estado, o partido é presidido por Puccinelli.
“Saí (do MDB) sem nenhuma rusga e espero que haja compreensão sobre minha decisão. Fiz todo o diálogo que deveria ser feito e dei todas as contribuições que pude ao partido”, afirmou Carla. “Tenho muita gratidão pelas oportunidades que tive nas gestões administrativas do MDB, no caminhar da vida partidária como dirigente e presidente do segmento Mulher. Com isso, alcançamos representatividade nacional em Mato Grosso do Sul”.
Carla afirma, porém, que a decisão de migrar para o PSD é a correta, “porque acho que tenho de corresponder a confiança que recebi ao integrar a equipe do prefeito Marquinhos”, bem como pela intenção de trabalhar na provável campanha à reeleição do atual chefe do Executivo. “E estar ao lado de pessoas que fizeram parte da minha história política, também, como o deputado Fábio (Trad, federal) e o senador Nelsinho (Trad), com quem iniciei na gestão pública em sua administração, quando implantamos as políticas públicas para a mulher”.
A filiação de Carla ao PSD ainda será oficializada em ato, porém, formalmente, ela afirma que já compõem o novo partido. Quanto a uma eventual candidatura, porém, a subsecretária afirma que “a questão eleitoral será no ano e quem e quem a comanda é a direção partidária. Meu foco, agora é a gestão”. Em setembro, Marquinhos disse ao Campo Grande News que a subsecretária é um dos integrantes de sua gestão que poderão disputar o pleito.
Interessados em disputar as próximas eleições têm até o fim de março do ano que vem para se filiar a um partido político –prazo de seis meses antes de 2 de outubro de 2020, quando ocorrerá o primeiro turno. A corrida por uma vaga nas Câmaras Municipais terá como novidade a proibição das coligações proporcionais, o que forçará os partidos a lançarem chapas puras para o posto, respeitando a proporcionalidade de 30% de vagas para mulheres.