Após hegemonia do MDB, tucanos vão comandar Assembleia em 2019
Paulo Corrêa já tem mais de 20 votos e ainda vai buscar a adesão dos que faltam em janeiro
Após 12 anos e seis gestões a frente da Assembleia, os emedebistas passarão o “comando” do legislativo aos tucanos, na eleição marcada para 1º de fevereiro de 2019. O PSDB consolidou o nome de Paulo Corrêa (PSDB) para presidência do legislativo, após eleger a maior bancada na eleição, além de ter o apoio do governador Reinaldo Azambuja (PSDB).
O MDB assumiu o controle da Assembleia em 2007, com o então deputado estadual Jerson Domingos, hoje conselheiro do TCE (Tribunal de Contas Estadual). Ele foi eleito presidente quatro vezes seguidas, deixando o cargo apenas em fevereiro de 2015. Para o seu lugar foi eleito outro emedebista, Junior Mochi (MDB), que vai passar o “bastão” a Correa em fevereiro de 2019.
Corrêa foi indicado pelo PSDB, no começo de dezembro, para ser candidato à presidência. Dias depois já tinha conquistado mais de 20 votos ao seu favor, quando no pleito precisaria apenas de 13 (maioria simples). Um dos fatores para adesão é o fato dele contar com apoio de Azambuja, além do PSDB ter a maior bancada, com cinco deputados em 2019.
Outro ponto a favor é porque a coligação tucana elegeu 16 dos 24 deputados para próxima legislatura e o seu concorrente mais direto, o próprio MDB, ter reduzido sua bancada de 7 para apenas 3 parlamentares. Outros partidos em ascendência como o PSL, que elegeu os dois deputados mais votados, não tiveram força na articulação interna.
Adesão - Corrêa ainda revelou ao Campo Grande News que pretende conseguir a adesão de todos os deputados, ainda em janeiro, antes da eleição. Faltam apenas as assinaturas de Antônio Vaz (PRB) e João Henrique Catan (PR), além do colega de partido Onevan de Matos (PSDB). “Já tenho os votos suficientes, mas o objetivo é o consenso”, declarou o tucano.
Para conseguir o apoio dos colegas, Corrêa disse que o PSDB abriu mão dos outros cargos principais da mesa diretora, focando em ficar apenas com a presidência. Com isto os aliados disputam a 1° secretaria, vice-presidência e 2° secretaria. Os tucanos chegam ao comando do legislativo, no segundo mandato de Azambuja.