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Política

Arma não entra na Assembleia, nem na cintura de deputado, diz corregedor

Revólveres e pistolas têm de ficar na recepção da Assembleia Legislativa fechadas em compartimento com chave e senha

Anahi Zurutuza e Leonardo Rocha | 15/05/2019 10:46
Detectores de metais na porta da Assembleia Legislativa (Foto: Leonardo Rocha)
Detectores de metais na porta da Assembleia Legislativa (Foto: Leonardo Rocha)

A regra da Casa vale para todo mundo, sejam visitantes, funcionários ou deputados. Armas de fogo têm de ficar na recepção da Assembleia Legislativa fechadas em compartimento com chave e senha. Apenas a segurança pode estar armada.

As informações são do corregedor do Legislativo estadual, deputado Renato Câmara (MDB). “Ou ele deixa a arma no carro ou deixa na recepção. Os nossos seguranças estão aptos a abordar as pessoas que chegam aqui armadas e pedir para deixar a arma. Eles ficam de olho nos coldres e temos detectores de metais”, explica o parlamentar.

Câmara deixa claro que a regra vale para qualquer um, independentemente da profissão. Nem policiais podem ter acesso aos gabinetes e à sessão armados, segundo o corregedor.

Pelo regimento interno, somente a polícia legislativa e seguranças do governador podem portar armas dentro do prédio. O chefe do Executivo pode escolher até três agentes para acompanhá-lo armados.

A curiosidade surgiu porque que três deputados estaduais manifestaram interesse em portar armas depois que decreto do presidente Jair Bolsonaro (PSL) liberou o porto para políticos.

Deputado estadual Renato Câmara em entrevista (Foto: Leonardo Rocha)
Deputado estadual Renato Câmara em entrevista (Foto: Leonardo Rocha)

Porte de arma – O Decreto 9.785, de 7 de maio de 2019, foi publicado no Diário da União no dia 8 deste mês. O dispositivo flexibilizou o porte para profissionais de algumas áreas, incluindo os mandatários.

Na Assembleia, o presidente da Casa, deputado Paulo Corrêa (PSDB) e João Henrique Catan (PR), se disseram favoráveis ao decreto de Bolsonaro e também farão a solicitação de porte.

Herculano Borges (SDD) diz que ainda está avaliando, mas a tendência é concretizar o pedido. “Acho que vou pedir. Vejo o decreto com bons olhos porque assim, antes de pensar em assaltar, bandidos vão saber que a sociedade tem como se defender”.

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