Bernal defende MegaServ, apesar de TCE definir contratação como “ilegal”
O prefeito Alcides Bernal (PP) voltou a defender a contratação da empresa MegaServ, responsável por fazer a limpeza nas unidades de saúde, apesar do parecer do TCE (Tribunal de Contas Estadual) indicar que o contrato era ilegal, recomendando inclusive que a empresa fosse denunciada a Receita Federal.
“Não houve irregularidade, os postos de saúde não podiam ficar sem limpeza e a antiga empresa, Total Serviços, renunciou ao serviço, fizemos a contratação e depois a licitação, se ela venceu é porque tinha o menor preço e o serviço de melhor qualidade”, apontou.
Depois da MegaServ firmar um contrato emergencial no valor de R$ 4,4 milhões, apesar de estar inscrita no sistema tributário “Simples Nacional”, de pequeno porte, ela ainda conseguiu vencer a licitação para atuar durante 12 meses e receber R$ 9,228 milhões pelo serviço.
Contestadas – O prefeito ainda voltou a apoiar a contratação de outras empresas que foram “contestadas” durante a CPI do Calote e que seguem sendo investigadas pela Comissão Processante.
“A Salute nós contratamos por apresentar menor preço e cumprir o contrato na entrega de alimentação aos Ceinfs e a Jagás nos apresentou o preço do gás de R$ 38,00, enquanto que no ano passado se pagava R$ 58,00 pelo produto. Nós trouxemos economia para cidade”, justificou ele.
As principais denúncias que estão sendo apuradas pela Comissão Processante estão à possível fabricação de situações emergenciais pelo executivo. “Este é o principal foco da nossa investigação”, destacou o vereador Flávio César (PT do B). Entre as principais empresas questionadas estão justamente a MegaServ, Salute e Jagás.