Bernal diz que é alvo de "perseguição política como nunca se viu antes"
O prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), reagiu, nesta quinta-feira (14), à possibilidade de ser afastado do cargo pela Comissão Processante da Câmara Municipal. Ele disse que enfrenta “uma perseguição política como nunca se viu antes na história da nossa capital”.
Ele fez o comentário no Facebook ao citar matéria do Campo Grande News, de que os vereadores da comissão decidem, na segunda-feira, se apresentam ou não o decreto legislativo propondo o seu afastamento do cargo.
“Pela notícia abaixo ( em site instrumentalizado pelos nossos adversários) está escancarada a trama dos meus inimigos políticos de nos afastar da prefeitura e depois cassar o mandato que a grande maioria dos eleitores nos concedeu democraticamente”, afirmou o chefe do Executivo.
“Há apenas 10 meses na administração de Campo Grande estamos trabalhando muito e resolvendo gradativamente todos os antigos problemas”, garante, apesar da população continuar se queixando do atendimento nos postos de saúde, das obras paradas e dos problemas nos Ceinfs (Centros de Educação Infantil).
Apesar de não ter conseguido liminar para suspender o processo de cassação na Câmara Municipal, Bernal reafirma que ainda acredita no Poder Judiciário para continuar no cargo. “Tenho me esforçado em fazer uma coalizão política. Por isso que a minha fé em Deus, a minha confiança e esperança no Poder Judiciário, nos representantes sérios do povo e no apoio da população me fazem acreditar que isso vai passar”, frisa.
No entanto, em seguida, ele admite o risco de ser afastado do cargo. “Ou então veremos uma TRAMA CRIMINOSA se transformar em um GOLPE POLITICO escandaloso, que vai tomar proporções inimagináveis e Campo Grande será palco de constrangimento sem igual onde um grupo político que perdeu as eleições tenta voltar ao poder usando para tanto de inverdades, calúnias e a ditadura da maioria na câmara de vereadores. O tempo vai dizer, veremos!”, comenta.
Na terça-feira, o governador André Puccinelli (PMDB) rebateu as insinuações de que seu grupo político está por trás das investigações contra o prefeito. Ele disse que o problema também pode ser incompetência.
Ontem, o prefeito tentou falar com o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas foi barrado na porta do quarto do hotel ao tentar uma reunião reservada. Lula acabou falando com o chefe do Executivo no saguão do Grand Park Hotel.