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Política

Bernal diz que vão usar “documentos falsos” para dar golpe político

Lidiane Kober | 09/09/2013 10:19
Bernal chegou e saiu tenso ao evento e aproveitou cerimônia para desabafar (Foto: Cleber Gellio)
Bernal chegou e saiu tenso ao evento e aproveitou cerimônia para desabafar (Foto: Cleber Gellio)

O prefeito Alcides Bernal (PP) usou, nesta segunda-feira (9), o lançamento da 1° Brigada de Incêndio para fazer um alerta de que a oposição usará “documentos falsos” para dar “golpe político” em Campo Grande. Ele também voltou a criticar a gestão anterior e repetiu que acionará a Justiça para garantir a verdade dos fatos.

“Quero fazer um alerta aqui, está em pleno andamento uma tentativa de golpe político para afastar o prefeito, com base em documentos falsos e em um relatório absurdo”, afirmou, fazendo menção ao relatório final da CPI do Calote, em andamento na Câmara Municipal. O relator da CPI, Elizeu Dionísio (PSL) já avisou que há indícios para pedir a cassação do mandato do prefeito.

Na semana passada, o relator da comissão chamou Bernal de “ladrão” por supostamente roubar dinheiro da merenda escolar e de operação tapa-buraco. Ele garantiu ter em mãos documentos suficientes para provar todas as acusações.

Em resposta, o prefeito disse que está processando Dionísio, que, antes mesmo de ser alvo de ação judicial, desafiou Bernal a processá-lo. “Pode entrar na Justiça, tenho documentos para provar tudo o que estou declarando”, se adiantou o vereador.

Segundo o prefeito, em seis meses de sua administração, foram gastos R$ 60 milhões em recuperação de estradas contra R$ 182 milhões, no governo anterior. Em operação tapa-buraco, ele informou investimento de R$ 33 milhões, R$ 48 milhões a menos que nos últimos seis meses da gestão do ex-prefeito Nelsinho Trad (PMDB).

Críticas – Bernal também acusou a administração de Nelsinho de ser omissa com a Guarda Municipal e com a Defesa Civil. Além disso, voltou a declarar-se vítima de perseguição política por parte da oposição e disse que “não é fácil administrar Campo Grande”.

“A Guarda Municipal foi alvo de displicência e omissão. A gestão anterior demonstrou esquecimento ao jogá-la em uma sala dividida por papelotes na antiga rodoviária. A Defesa Civil se restringia a duas mesinhas, com computadores velhos na cabine de som da antiga rodoviária”, relatou. “Conseguimos vencer a precariedade das instalações”, emendou.

Na sequência, ele disse “que não é fácil administrar Campo Grande”, porque “uma parte da classe política em vez de ajudar, dificulta”. “Sou quase um refém da Câmara Municipal”, comentou. “Criaram amarras” repetiu. “Quero ser respeitado, não quer ser mau visto e não tem sido fácil”, reclamou.

Para Bernal, os adversários querem que ele “perca o equilíbrio para pecar e agir com instinto irracional”. “Sou temente a Deus, tenho saúde e não tenho medo de cara feia”, reagiu. “Vamos em frente que atrás da gente vem gente com inveja da gente”, finalizou.

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