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Política

Câmara de Rio Brilhante analisa cassação de acusado de "rachadinha"

Para evitar arquivamento, caso deve ser votado ainda hoje; parlamentar negou prática

Gustavo Bonotto | 26/06/2023 22:44
Vereadores durante sessão no plenário da Câmara de Vereadores de Rio Brilhante. (Foto: Reprodução)
Vereadores durante sessão no plenário da Câmara de Vereadores de Rio Brilhante. (Foto: Reprodução)

A Câmara de Vereadores de Rio Brilhante colocou em discussão, na noite dessa segunda-feira (26), a situação do vereador Carlos Roberto Segatto (PTB), o “Tucura”, acusado no começo deste ano por uma ex-assessora de cobrar a restituição de parte dos valores que ela recebia para si, a famosa “rachadinha”. O assunto foi levado para sessão no prazo limite.

Inicialmente, os vereadores ouviram o relato da ex-assessora, chamada Sandra, que gravou o parlamentar e depois denunciou o caso à Polícia Civil. Ela reafirmou a acusação e foi questionada sobre a existência de conexões políticas que pudessem ter influenciado na acusação. Hoje, ela tem cargo comissionado na prefeitura. A ex-assessora negou que agiu por motivação política.

O parlamentar foi ouvido em seguida, negando que tenha cobrado rachadinha. Segatto disse que o que ocorreu foi uma tratativa entre a assessora e outro integrante de sua equipe, o publicitário Helysom Rodrigues, para divisão de valores e serviços prestados ao vereador.

Até uma acusação de que Segatto seria homofóbico foi colocada em questão, negado pelo parlamentar. Os vereadores foram informados que o caso foi colocado no prazo limite e que deve ser votado ainda hoje, sob risco de ser arquivado.

A condução do caso foi criticada há pouco pelo parlamentar Juarez Alves Roza (MDB), que questionou a elaboração de provas e a tramitação do processo de cassação, chegou a usar a palavra “enrolation”. Os demais parlamentares ainda devem se manifestar.

O caso - A denúncia sobre rachadinhas foi protocolada no dia 7 de março pela ex-assessora dele, Sandra Eliane Espindola Mendonça, e pede a cassação do mandato do petebista por quebra de decoro parlamentar.

Sandra apresentou prints de conversas e gravações em que o vereador a teria pressionado para dividir o salário que recebia da Câmara com o publicitário Helysom Rodrigues. O caso ocorreu no ano passado.

“Não vamos recuar, queremos muito que o MP apure todos os fatos, porque temos certeza da nossa inocência”, disse ele ao Campo Grande News no dia 3 deste mês. Segundo o vereador petebista, logo após vazar as gravações, Sandra foi nomeada em cargo na prefeitura. Tucura é oposição ao prefeito Lucas Foroni (MDB).

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