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Política

Chefe de gabinete era influente e homem forte de Delcídio, diz jornal

Leonardo Rocha | 13/12/2015 11:33
Chefe de gabinete de Delcídio,tinha sua confiança e era chamado de super general (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Chefe de gabinete de Delcídio,tinha sua confiança e era chamado de super general (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O chefe de gabinete do senador Delcídio do Amaral (PT), Diogo Ferreira Rodrigues, que inclusive foi preso no mesmo dia que o parlamentar, era descrito como influente e "homem forte" do petista no Congresso Nacional, responsável por diversas tarefas e até designado quando alguém queria sondar algo do líder do Governo.

De acordo com o jornal Folha de São Paulo, Diogo dispunha de total confiança de Delcídio, sendo inclusive chamado com frequência, de "ótimo profissional", e definido como "super general", que cuidava de todas as atividades do senador, desde agenda a questões legislativas, como possível articulação junto ao petista.

A relação entre chefe e servidor era muito boa, para alguns até de "pai para filho", no entanto para os investigadores esta atuação de Diogo era bem mais ampla do que apenas cuidar do seu mandato, e sim de outras articulações que inclusive justificaram sua prisão.

Ele era servidor comissionado do Senado Federal desde 2003, com salário bruto de R$ 18,9 mil, sendo que seu pai também trabalha no Congresso Nacional, com o líder do PT, o senador Humberto Costa (PE). Segundo a reportagem, a família de Diogo tinha até preparado uma recepção no dia 29 de novembro, quando venceria o prazo da prisão temporária, no entanto depois a Justiça converteu em preventiva, estando ele até hoje preso na carceragem da Polícia Federal, em Brasília.

O chefe de gabinete só foi preso porque os investigadores acreditam que ele também tentou atrapalhar a Operação Lava Jato, estando envolvido na articulação para pagamento de recursos mensais a família do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, para que este não aceitasse a delação premiada.

Ele foi gravado em uma reunião do senador com o filho de Cerveró. Ainda foi encontrado em um seus endereços, cópias de trechos da delação (premiada) do lobista Fernando Baiano, ainda sigilosas, além de um manuscrito com nomes dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), que para a investigação, seria um roteiro para Delcídio fazer lobby em favor do ex-diretor.

O advogado de Diogo, Délio Lins e Silva Júnior, disse a reportagem, que o chefe de gabinete de Delcídio está sozinho em uma cela, mas que permanece tranquilo e otimista sobre sua soltura.

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