Com Giroto em ministério, MS volta a ter cargo de relevância após 14 anos
Giroto deve ser nomeado na Secretaria Executiva do Ministério dos Transportes
Mato Grosso do Sul não ganhava destaque no alto escalão do governo federal há pelo menos 14 anos. A nomeação do ex-deputado federal Edson Giroto (PR) para a Secretaria Executiva do Ministério dos Transportes atrai novamente os holofotes para o Estado.
O primeiro sul-mato-grossense que ganhou um cargo em Brasília foi o, hoje senador, Delcídio do Amaral (PT). Em março de 1994, ele assumiu a Secretaria Executiva do Ministério das Minas e Energia onde permaneceu até setembro. No final do governo Itamar Franco (PRN), foi escolhido ministro de Minas e Energia até a janeiro de 1995.
Depois de um tempo longe da vida pública, Delcídio assumiu a diretoria de Gás e Energia da Petrobras, em 2000. O senador enfrentou o Escândalo do Apagão que foi a pior crise energética do País por dois anos.
Outro filho de Mato Grosso do Sul que ganhou reconhecimento nacional foi o ex-senador Ramez Tebet. Em 2001, foi nomeado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) ministro da Integração Nacional.
O ex-senador acabou ficando pouco tempo no comando do Ministério da Integração Nacional. Com a renúncia de Jader Barbalho (PMDB), um amplo acordo político de emergência foi feito para Ramez ser eleito presidente do Senado. O peemedebista permaneceu no cargo até 1º de janeiro de 2003 e teve a oportunidade de dar posse ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Agora, 14 anos depois, Giroto poderá fazer as honras do Estado ao conduzir a Secretaria Executiva do Ministério dos Transportes. Formado em engenharia civil, Giroto ajudou a construir as sedes das prefeituras de Corumbá e Ladário. Mas a trajetória no setor de Obras Públicas começou em 1996, quando foi nomeado secretário de Obras do Município de Campo Grande, pelo ex-prefeito André Puccinelli (PMDB), onde ficou pelos dois mandatos.
Giroto continuou no cargo os dois primeiros anos da administração do ex-prefeito Nelsinho Trad (PMDB) que sucedeu Puccinelli. O ex-deputado deixou o município para assumir a Secretaria de Obras do Estado no primeiro mandato de Puccinelli como governador. Em 2010, trocou o Executivo pelo Legislativo Federal, sendo o deputado federal mais votado do Estado.
Em 2014, no último ano de Puccinelli no governo, Giroto se licenciou e voltou ao Executivo Estadual. Ele também abriu mão de disputar a reeleição para continuar ajudar o peemedebista a concluir diversas obras no Estado como as rodovias estaduais. A maior pendência da gestão foi o Aquário do Pantanal que ainda está em construção.