Com uso do “árbitro de vídeo”, deputados aprovam avaliação física em academias
A justifica do projeto é reduzir o número de pessoas que passam mal ou até mesmo morrem nos lugares particulares
Na última sessão deste ano, deputados estaduais aprovaram nesta quinta-feira (20) em primeira votação, o projeto que exige que nas academias, clubes de esporte e locais de luta, novos alunos sejam avaliados por um profissional formado em educação física para que só depois pratiquem atividades físicas.
Caso esse profissional entenda que o aluno precise de exames mais específicos, ele o encaminhará para uma consulta médica.
O projeto foi apresentado pela primeira vez em 2016, e exigia um laudo médico para que o aluno entrasse na academia. Porém, o deputado Amarildo Cruz mudou o projeto e o reapresentou, pedindo apenas uma avaliação do profissional de educação física.
A justificativa do projeto é reduzir o número de pessoas que passam mal ou até mesmo morrem nos lugares particulares onde praticam atividades por desconhecimento de limitações ou mesmo doenças.
A mudança é em comum acordo com representantes da classe, inclusive, do presidente da Fundesporte (Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul) Marcelo Miranda - presente na votação.
Para Miranda, “o projeto é excelente porque estabelece em lei, que esse profissional faça uma triagem no aluno quando chegar”.
A segunda votação do projeto será no próximo ano. Como Amarildo Cruz não foi reeleito, quem deve conduzir o assunto é o deputado Herculano Borges, um dos parlamentares apoiadores do projeto.
Polêmica – Durante a sessão, o deputado Lídio Lopes, apresentou uma emenda que retirava essa avaliação do projeto e exigia apenas um questionário que o aluno precisaria responder.
“Mesmo sendo uma avaliação de um profissional de educação, muitas academias em todo o Estado não tem estrutura suficiente, o que poderia trazer prejuízos para esses locais e até fechamentos”, considerou.
A emenda foi votada em separado, depois do deputado Amarildo Cruz pedir pela ordem a revisão do projeto, já que surgiu a dúvida se ele era ou não votado com a emenda.
Para tirar a dúvida, o presidente da casa, reviu a votação pelo vídeo e constatou o pedido do deputado e na sequência verificou que de fato o projeto era votado com a emenda. Em seguida, a emenda foi rejeitada em votação pelos demais deputados, ficando o texto original.