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Política

Com visita de ministra, prefeitos cobram ações emergenciais para falta d'água

Caminhões-pipa e projetos para perfuração de poços devem atender população a curto prazo

Por Gabriel Neris e Alison Silva | 15/11/2023 16:57
Ministra Sônia Guajajara, ao centro, após reunião com prefeitos (Foto: Juliano Almeida)
Ministra Sônia Guajajara, ao centro, após reunião com prefeitos (Foto: Juliano Almeida)

Prefeitos de 16 municípios de Mato Grosso do Sul reuniram-se nesta quarta-feira com a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, em Campo Grande. Durante o encontro, foram discutidas soluções para a falta de água potável em comunidades indígenas de Mato Grosso do Sul.

“Fizemos algumas reivindicações, umas delas a rede de água potável. É notável o crescimento que a comunidade indígenas teve e a falta de água vem assolando estes municípios. Um desses pedidos foi a rede de água. Outro foi a criação de um novo DSEI (Distrito Sanitário Especial Indígena)”, disse o presidente da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), Valdir Júnior (PSDB), prefeito de Nioaque.

Em janeiro, o Campo Grande News mostrou a situação de extrema pobreza no entorno das aldeias Bororó e Jaguapiru, que atingiu 200 famílias da etnia guarani kaiowá somente a 2 km de Dourados.

Ricardo Weibe Tapeba, secretário de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, afirmou que está estabelecendo parceria para perfuração de poços e a curto prazo a contratação de caminhões-pipa. "Emergencialmente temos a contratação de novos carros-pipa e estamos discutindo com a Funasa (Fundação Nacional de Saúde) a perfuração de poços, buscando dar conta dessa demanda reprimida no Estado", disse.

Segundo Tapeba, estão sendo feitas algumas parcerias com a UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), Sanesul e Itaipu. “O diagnóstico que temos aqui será cuidado a partir desse nosso programa nacional de saneamento também nos territórios indígenas no Brasil”, completou.

Prefeitos e a ministra Guajajara, ao centro com cocar branco (Foto: Juliano Almeida)
Prefeitos e a ministra Guajajara, ao centro com cocar branco (Foto: Juliano Almeida)

Visita – A ministra Sônia Guajajara falou brevemente somente sobre a passagem por Mato Grosso do Sul. Após a reunião na sede da Assomasul, na Capital, Guajajara segue para Nioaque, a 179 km da Capital, com a comitiva dos Povos Indígenas.

“A ideia é aproximar essa relação, pensar na implementação de políticas públicas dentro dos territórios indígenas, participar da assembleia do Conselho Terena. Estamos juntos com o Congresso Nacional, Funai, Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena), nossa caravana, acompanhando as escolhas dos representantes do Conselho Nacional de Política Indigenista, criado em 2015 e suspenso nos últimos seis anos”, cita a ministra sobre o programa relançado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A ministra também foi questionada sobre o processo de demarcação de terras indígenas em Mato Grosso do Sul, mas quem respondeu sobre o tema foi Maria Janete Albuquerque, diretora de Proteção Territorial da Funai (Fundação Nacional do Índio). Ela explicou que a Terra Indígena Cachoeirinha está no processo de demarcação física sendo confirmado.

"Já foi declarado como terra indígena. Alguns outros estudos estão em processo de finalização e estamos conseguindo retomar os trabalhos de demarcação que estavam paralisados há alguns anos. E como foi posto pelos prefeitos podem trazer problemas se a gente não tiver a finalização desses processos."

O encontro também contou com os prefeitos Reinaldo Miranda Benites (Bela Vista), Odilon Ribeiro (Aquidauana), Paulo Cesar Franjotti (Japorã), Jair Scapini (Guia Lopes da Laguna), Fábio Santos Florença (Miranda), Nelson Cintra Ribeiro (Porto Murtinho), Agnaldo da Silva Oliveira (Antônio João) e Wlademir de Souza Volk (Dois Irmãos do Buriti).

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